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Felipe Cordeiro e Psirico misturam ritmos tropicais na canção 'Foguinho'

Projeto quer mostrar que sons do Norte e Nordeste têm muito em comum

Caio Oliveira
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Felipe Cordeiro misturou o Norte com o Nordeste ao fazer uma parceria “arretadamente pai dégua” com Márcio Victor, do Psirico, lançando o single Foguinho. A canção traz uma sonoridade cheia de cores e sabores, com uma música dançante, que funde o reggaeton com a guitarrada e o brega funk e uma batida tropical.

A composição é de Felipe Cordeiro em parceria com Patricktor4, que também assina a direção musical. O single chega ao mercado distribuído pela Ingrooves, agregadora digital, do mesmo grupo da Universal Music (Vivendi), através da CALOOR record, selo voltado a apresentar novas sonoridades brasileiras, através de feats e encontros inusitados criando,  uma sonoridade autenticamente brasileira.

Felipe explica que o trabalho que culminou nessa gravação vem mais de uma década, já que a carreira tem como foco marcar a mistura de estilos e sonoridades regionais. “Dez anos atrás, começamos esse movimento, chamado pop tropical, quando eu tava gravando pelo primeiro disco, o Kitsch Pop Cult. Esse movimento era pra exaltar a música da América Latina. e nesse tempo, se falava muito de Cúmbia, de Guitarrada, e a ideia era agregar todas essas sonoridades, focando na integração de sons como do norte e do nordeste. Essa música [Foguinho] é a primeira desse novo ciclo”, disse Felipe Cordeiro.

O paraense conta que esse lançamento foi diferente do que está habituado, já que pandemia impediu que Foguinho fosse lançada em um palco com um grande público e com muita aglomeração, como a música pede, mas que ainda assim, “o coração fica acelerado”. “Até abri uma cerveja pra acalmar, pois esse dia de lançamento tá frenético, com muita coisa rolando”. Além da canção, também foi lançado um lyric video no canal de Felipe Cordeiro no YouTube, com muitas cores e formas que traduzem em imagem o calor da música.

Felipe conta ainda que nessa integração entre as regiões do Brasil, o nome de Márcio Victor surgiu naturalmente para representar o nordeste, já que eles tinham percebido há certo tempo que tinham afinidade na música. “Eu já tinha feito um show com ele em 2017, em Salvador, e foi muito legal. Desde aí, ficamos nessa liga, falando ‘bora fazer uma música, fazer show no carnaval’, e até que rolou esse encontro agora, do Pará com a Bahia, nessa estética tropical”, disse.

Na hora de explicar porque acredita que o Norte e o Nordeste combinam quando o assunto é música, Felipe avisa que vai filosofar um pouco para defender sua ideia de uma música brasileira tropical.

“Tem tudo a ver, sim. O Brasil, historicamente, foi dividido em Norte e Sul, e tem uma música que é feita no Sul e Sudeste, e a outra que é feita no Norte e Nordeste, em termos gerais. A grande característica da segunda é que é uma música dançante, popular, muito impulsionada pelas festas que ocorrem nessas regiões, pois uma característica do nosso povo é que ele gosta de dançar, se divertir. Essa música traz a guitarrada amazônica ribeirinha com o sotaque baiano do Psirico, com o ritmo do reggaeton e um pouco da prosódia do brega funk, pra marcar essa mistura de Norte e Nordeste”, explica Felipe.

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