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Djavan é homenageado em show com Criolo, Anavitória, Geraldo Azevedo e mais

Cantor e compositor é o grande homenageado do Prêmio UBC e ganha show com interpretações de outros artistas brasileiros

O Liberal

Aquele que descreveu o sentimento de amar como “um deserto e seus temores”, e ao longo de toda a sua carreira foi criando definições para os sentimentos mais humanos, agora ganha uma homenagem por suas composições. Djavan foi o escolhido deste ano para entrar no hall dos vencedores do Prêmio UBC, da União Brasileira de Compositores (UBC).

Nesta quinta-feira, 7, a transmissão de um programa especial marca a consagração do gigante da música brasileira. Serão shows exclusivos de Criolo, Diogo Nogueira, Anavitória, Mart’nália, Liniker, Geraldo Azevedo, Giulia Be, Agnes Nunes, Zé Ricardo e Jonathan Ferr, interpretando versões inéditas de sucessos do compositor alagoano. A transmissão será feita pelo canal da UBC no YouTube, às 19h.

"Fiquei comovido quando soube que receberia o Prêmio UBC. Para mim é mais um incentivo em minha vida artística, para que continue criando e criando. Escrever letras e poesias me deixa em um estado de elevação enorme. Sempre que acabo de fazer uma música, me sinto o homem mais poderoso do mundo”, diz Djavan em uma entrevista que será exibida na íntegra durante o programa.

Aos 72 anos, Djavan soma 303 composições registradas. Grande parte delas forma o repertório dos 25 álbuns e diversas coletâneas que compõem sua discografia, inaugurada com "A Voz, O Violão, A Música de Djavan", lançado em 1976. O talento autoral de Djavan também ganhou as vozes de intérpretes como Gal Costa, Elba Ramalho, Zélia Duncan, João Bosco, Chico Buarque, Caetano Veloso e Ney Matogrosso.

Entre os grandes sucessos do compositor estão músicas que entraram no imaginário da cultura popular brasileira como "Oceano", "Sina", "Te Devoro", "Samurai", "Lilás, "Se…", "Azul" e "Meu Bem Querer".


Para a homenagem ao artista, o UBC convocou um line-up de vozes que refletem diversas gerações influenciadas pela poesia de Djavan. No show previamente gravado, Diogo Nogueira interpreta “Flor de lis”; Mart’nália canta “Topázio”; Geraldo Azevedo dá voz a “Retratos da vida”; enquanto Criolo canta “Oceano”. Completam o time: Anavitória com “Açaí”; Liniker com “Mal de mim”; Giulia Be com “Te devoro”; Agnes Nunes com “Amor puro”; e Jonathan Ferr com “Pétala”.

O Prêmio UBC teve sua primeira edição em 2017, com Gilberto Gil sendo o grande homenageado da estreia. Nos anos seguintes, mais homens receberam a honraria: Erasmo Carlos, Milton Nascimento e Herbert Vianna.

"Eu sou fã do Djavan!”, diz Erasmo Carlos, que também é diretor da UBC. “Sua poesia única, cheia de nuances pessoais e improvisos geniais, me fazem refletir sobre a beleza do belo e a natureza do amor de um jeito que eu pareço sair de mim e me esbaldar no imaginário das coisas boas e no encantamento prazeroso da vida. O suingue do meu amigo faz dançar até os mortais mais preguiçosos do universo", complementa.


Vencedor de dois troféus do Grammy Latino, na categoria Melhor Canção em Língua Portuguesa, Djavan está no topo do ranking dos maiores rendimentos no segmento de Música ao Vivo (bares, restaurantes, hotéis e clubes) entre todos os compositores brasileiros.

Ao mesclar pop, jazz, MPB, blues e sonoridades africanas, Djavan fez da versatilidade a sua marca. O resultado das canções ecléticas do artista - que aprendeu a tocar violão sozinho - são, em grande maioria, músicas sobre a beleza e a vibração da natureza, do amanhecer ao pôr do sol.

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