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'Belém, Belém será que tá tudo bem?'. Toni Soares conta a história por trás da música

O cantor e compositor destrincha um dos clássicos da música paraense

Enize Vidigal

É nas redes sociais que a cultura acontece nesta fase de isolamento social para a contenção da Covid-19. Da varanda da casa dele em Bragança, o cantor, compositor e professor Toni Soares conta o que ele chama de "a história por trás da canção", no caso, do hit "A Força que vem das Ruas", conhecida pelo refrão "Belém, Belém será que tá tudo bem?". 

Escrita em 20 de junho de 1993, a música foi composta por ele quando residia em Belém. Foi um grande sucesso na voz de Mahco Monteiro e depois entrou para o primeiro DVD Trilogia, projeto de Marhco, Nilson Chaves e Lucinnha Bastos, que deu título ao álbum, e depois foi gravado por outros artistas.

Mas, antes, foi inscrita por Toni no II Festival da Música Popular Paraense, sem ter sido premiada. A composição surgiu no mesmo período em que o Arraial do Pavulagem, projeto lançado por ele junto com Júnior Soares e Ronaldo Silva. 

"Essa canção coincidiu com a história do surgimento do Arraial do Pavulagem quando a gente tava naquela ebulição na Praça da República, e eu fui participar do II Festival da Música Popular Paraense. Aí eu preparei essa canção para citar e chamar a atenção dos cantador4es de boi, cantadores da cultura popular. Olha como é bom ficar em casa: encontrei o original da letra, eu inscrevendo aqui 'A Força que Vem das Ruas', de 1993, que conta um pouco: 'A música na praça, o boi fazendo graça. É Ronaldo e seus meninos ensinando a nação que o futuro tá no centro da cultura popular'. 'E taca carimbó de Pinduca, de Lucindo, Cupijó' e fala de todos os mestres da cultura popular, fala também 'o couro treme a terra de Fabico, de Setenta, Malhadinho e dos grupos de boi de Belém. E no final uma homenagem ao Nilson Chaves, nosso grande líder tocando em tudo que é boca de ferro", descreve.

Além de contar a história, o artista também canta o hit. Confira: 


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