Banda paraense de metal Rhegia concorre a premiação nacional entre os melhores de 2023

Rhegia concorre a cinco categorias incluindo melhor álbum nacional e melhores indicações por integrantes

Vito Gemaque
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O som e o trabalho pesado da banda de heavy metal paraense Rhegia fizeram com que os cinco integrantes do grupo tivessem uma grata surpresa com a indicação a cinco categorias da premiação de Melhores de 2023 da revista Roadie Crew, uma das maiores especialistas do segmento musical no Brasil. O grupo concorre com grandes bandas nacionais no segmento melhor álbum como Shaman, Angra e Torture Squad. Para ampliar ainda mais o efeito da indicação, o trabalho "The Battle of Deliverance" é o primeiro álbum lançado pela Rhegia, que tem sete anos de existência.

“A gente fica muito feliz com isso. Eu considero essa indicação a cereja do bolo. Só a indicação já é uma coroação para a gente. Ela é o reflexo de todo o trabalho que foi feito, desde que a gente começou a produzir esse álbum que foi produzido e gravado em no estúdio Shocran, no Rio Grande do Sul”, explicou o guitarrista e fundador da banda Saulo Caraveo. Além de Saulo, a banda é composta pela vocalista Bianca Palheta, a violoncelista Amanda Alencar, o baixista Naoto Shibata, e o baterista Celso Lavoisier.

O primeiro trabalho trouxe a surpresa de que quase todos os membros da banda foram reconhecidos em suas categorias com Saulo Caraveo indicado para melhor guitarrista, Bianca para melhor vocalista, Naoto para melhor baixista e Lavosier para melhor baterista. O resultado do prêmio será conhecido após os resultados da votação popular previsto para o início de fevereiro.

“A Roadie Crew é a principal votação nacional. Quem está concorrendo são bandas consagradas como Shaman, Angra e Torture Squad. Nós alcançamos a nota 9,5 na resenha da revista e a gente ficou muito feliz com essa nota. É a mesma nota de outras bandas. A gente fica muito feliz de representar o heavy metal de do Pará e da Amazônia e levar para além das nossas fronteiras, e ter essa repercussão e alcance”, enfatiza Saulo.

Além da qualidade musical, demonstrado pelas indicações, outro diferencial do Rhegia tem sido as letras que tratam de temáticas amazônicas como conflitos agrários, ancestralidade indígena, e a cultura amazônica. “A Rhegia tem uma proposta de exaltar a cultura amazônica, e também de levar a parte real de uma forma artística, de colocar nas letras o nosso contexto dos conflitos que vivemos aqui, principalmente vividos pelos povos originários indígenas, e criamos um mundo fictício para criar e viver a liberdade artística, para levar a parte mais mística da Amazônia. A gente se preocupa com essa parte real, política e cultural e por meio da música tenta colocar de uma forma de artística esses problemas”, detalha Saulo, que também o principal compositor das músicas.

O álbum foi produzido e gravado no Shokran Studios em Caxias do Sul (RS) pelo guitarrista Tiago Della Vega com direção vocal de Guilherme De Sierv, considerado pelo Guinness Book – O Livro dos Recordes como um dos guitarristas mais rápidos do mundo. Após a boa repercussão do EP, o grupo foi convidado pelo estúdio para gravar no Rio Grande do Sul. Graças ao acesso a Lei Aldir Blanc em 2023, o grupo pode pagar os custos da produção e gravação.

O álbum "The Battle of Deliverance" com 13 faixas está disponível em todas as plataformas de streaming de música. O disco tem vários contribuições e participações de peso de grandes artistas regionais e nacionais. A composição das músicas na percussão contou com Nazaco Gomes (Trio Manari). Já a música I’m the Universe teve as participações de Angel Sberse (ex-Malvada e The Voice Brasil), de Hanna Paulino cantora de Macapá, da vocalista Mayara Puertas (Torture Squad - São Paulo) e da indígena do Acre Yaka Hunikuin.

Nos últimos meses de 2023, o grupo se dedicou a divulgar o álbum com três videoclipes e um documentário em cinco episódios, proporcionando uma outra visão dos bastidores das gravações no sul do país. Os materiais podem ser vistos no site da banda em rhegia.com. Os videoclipes de "A Place for the Ancient Souls" e "Tears of Hope" também receberam elogios, o último contou com uma participação mais que especial de Pedro Miranda, filho de Saulo. Pai e filho dão um toque especial à produção.

Para o ano de 2024, o Rhegia pretende aproveitar a visibilidade das indicações para fazer shows por outras regiões do Brasil como no Sudeste, porém esbarram nas dificuldades que uma banda do Norte enfrenta para excursionar pelo Brasil. “A gente esbarra na questão geográfica, é muito difícil levar uma banda do norte para fazer o show em São Paulo, porque os custos são elevados. Ainda somos uma banda desconhecida e em ascensão. As propostas não cobrem todos os custos que seriam necessários para fazer os shows fora”, relata Saulo.

Mesmo assim, Saulo está confiante que o trabalho duro feito até agora dará ainda mais frutos para a banda paraense crescer no cenário musical do heavy metal. “O álbum foi um trabalho realizado em muitas frentes de produção. Acredito muito na força do trabalho, estamos sendo indicados por não termos desistido em algum momento. É muito difícil furar algumas bolhas, principalmente da crítica, do business, do centro de onde tudo acontece para o nosso mercado. O nosso mercado fica restrito ao sul e sudeste, depois é só fora do Brasil, estamos focados em atingir esses mercados”, adianta o guitarrista do Rhegia.

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