Banda Mártires&Cia lança videoclipe em homenagem a Algodoal com traços de anime; veja
Videoclipe "Areia de Algodoal" se passa entre a Ilha de Maiandeua e uma cidade do Japão
A banda Mártires&Cia lança nesta sexta-feira (15), o videoclipe da música "Areia de Algodoal", a partir das 18h, no Rusty Pub, em Belém. A entrada é gratuita. Uma animação com traços de anime japonês conta a história de um homem que deseja encontrar a sua amada. Mas ele está em Algodoal, vilarejo de uma ilha no nordeste do Pará, e ela do outro lado do mundo: no Japão. Inquieto, ele pergunta como pode fazer que ela receba um sinal, por meio da lua cheia.
O cantor e compositor Renzo Mártires, autor da música e idealizador do videoclipe, conta que o sentimento do grupo, que reúne ainda os músicos Dan Bordallo e Aimi Bianca, é de um reconhecimento com o trabalho autoral. "É como se olhássemos pro espelho e finalmente nos reconhecêssemos pela primeira vez. Enfim, somo nós. Sentimos completa realização. Sensação de dever cumprido e uma satisfação imensa em ver que a música nos reflete sem distorções", comenta.
Foram necessários oito anos até chegar a decisão de gravar e fazer o videoclipe de "Areia de Algodoal". "Sempre soubemos que quando chegasse o momento em que nos víssemos com uma identidade musical definida, seria o hora de gravar essa música. Foi um um trabalho musical coletivo que envolveu em sua criação mais de 20 músicos", completa Renzo Mártires, que tem como base para suas composições influências do folk e do cancioneiro popular do Brasil.
"Areia de Algodoal" reúne essa sonoridade e apresenta ao ouvinte tons de forró, folk, reggae, com a marca de instrumentos como o violão, bandolim, ukulele, sanfona, baixo acústico, zabumba, metais (sopro) e percussão. A ideia é ter um som que não tenha a marca de equipamentos eletrônicos. "O que chama atenção é que nossa música é orgânica e acústica no meio de tanta tendência eletrônica que nos cerca hoje. Acabamos ficando com uma identidade bem diferente", analisa Renzo Mártires.
Referência do carimbó da Ilha de Maiandeua, o mestre Chico Braga, que faleceu em 2015, é lembrado na letra, numa singela homenagem por meio de um diálogo informal: "Chico ela foi / Mas sempre vem / Preciso perguntar pra alguém / Como é que eu deixo um sinal / Na lua cheia, com os pés na areia de Algodoal. A letra também faz referência ao trem-bala japonês, chamado de "shinkansen", como uma forma de pedir que o encontro com a moça seja tão rápido quanto a velocidade do veículo.
Estética
A escolha pela animação comic motion, com traços que lembram história em quadrinhos do tipo anime foi baseada na própria narrativa do videoclipe, que se passa entre a Algodoal de natureza exuberante e uma cidade do Japão, hiper moderna e cosmopolita. Os signos contrastam: enquanto a banda está com os pés na areia fina da ilha, andando por entre os coqueirais e guiados pela luz de uma enorme lua cheia à beira do mar, ela está no movimento intenso e no caos diário de uma cidade.
A produção gráfica leva a assinatura do Muirak Studio, responsável também pela animação "Os Dinâmicos", que conta a história de um ícone da guitarrada Mestre Vieira.
Carreira
Em 2011, Renzo gravou um DVD chamado "Sem Rumo", título não ocasional e que já revelava o desejo do artista na busca de sua própria marca. Decidiu parar a carreira e agora volta à cena com a banda Mártires&Cia mais seguro do caminho musical a ser percorrido.
Serviço
Lançamento do videoclipe "Areia de Algodoal", da banda Mártires&Cia. Sexta-feira (15), a partir das 18 horas.
ENTRADA GRATUITA
Rusty Pub - Travessa Vileta, 2509, bairro do Marco
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