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Amazônia Jazz Band abre programação dos aniversários de Waldemar Henrique e do Theatro da Paz

Nesta quinta-feira, 3, a AJB sobe ao palco mais prestigiado do Pará para tocar os clássicos do saudoso maestro.

Enize Vidigal, O Liberal

Amazônia Jazz Band abre o mês de comemoração aos aniversários de Waldemar Henrique e do Theatro da Paz, nesta quinta-feira, 3, a partir das 20h. O reverenciado maestro, compositor e pianista paraense completaria 116 anos, enquanto a fundação da casa de espetáculo, herança da Belle Époque inspirada no Scala de Milão, chega aos 144 anos, ambos no próximo dia 15 de fevereiro. Os ingressos estarão disponíveis no dia do concerto, a partir de 9h da manhã, na bilheteria do teatro e pelo site www.ticketfacil.com.br, pelo valor de R$2,00.

Sob a regência do maestro Eduardo Lima, a AJB vai apresentar no repertório duas canções  de Waldemar Henrique: A primeira será “Minha Terra”, composta em 1923, que originalmente é cantada, mas, nesse show, será apresentada em formato instrumental com o solo do trompetista Joabe Quadros. A segunda música será a conhecida “Uirapuru” com arranjo do produtor paraense Daniel Apolaro. 

“É muita honra para a Amazônia Jazz Band participar deste mês de aniversário do Theatro da Paz e do grande compositor Waldemar Henrique, esse paraense que deixou canções maravilhosas”, comemora o regente.

AJB também vai apresentar outras músicas do repertório da banda. A música de abertura do concerto é “Tank”, do Anime Cowboy Bebop. Outras músicas do repertório serão as baladas internacionais como “Georgia On My Mind”, com interpretação do saxofonista Elias Coutinho; e “Superstition”, de Stevie Wonder, com solo do guitarrista Kim Freitas. Além disso, vai trazer as misturas com músicas latinas, que interpretará “Funky Cha-cha”, de Arturo Sandoval, e o samba “Brooklyn High”, de Nelson Faria.

Confira o vídeo da AJB tocando 'Tamba-Tajá' no Theatro da Paz, há três anos, sob a regência do maestro Neldson Neves, que antecedeu Eduardo Lima no posto:


 

Histórico

O Da Paz foi o primeiro teatro de ópera da Amazônia e se mantém como o maior e o mais luxuoso do estado do Pará. É tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), desde 1963, e possui uma acústica invejável se comparada a outras casas de espetáculo. A beleza arquitetônica, as obras de arte e a riqueza decorativa do interior do teatro emociona paraenses e visitantes do mundo inteiro. 

O fato da data natalícia de Waldemar Henrique coincidir com a data da fundação do teatro é um detalhe dentre a relação de amor que o próprio maestro estabeleceu com o próprio Da Paz. Waldemar foi diretor do lugar por muitos anos e, inclusive, chegou a morar ali. Natural de Belém, Waldemar Henrique era descendente de portugueses e indígenas. Ele passou a infância com o pai em Portugal e voltou ao Brasil aos 13 anos. Em 1929, estudou no Conservatório Carlos Gomes e, contrariando a vontade do pai, seguiu os estudos em música no Rio de Janeiro. 

Waldemar Henrique deixou obras que se reportam ao folclore amazônico, como “Foi Boto, Sinhá!”, “Uirapuru” e “Tamba-Tajá”, canções essas que se eternizaram na música nas vozes de vários artistas da terra de diferentes gerações.

Procotolo sanitário

O Theatro da Paz continua funcionando com a capacidade máxima de lotação, porém, em cumprimento ao Decreto Estadual n° 2.044/2021, o acesso ao teatro somente é permitido com o uso obrigatório e permanente de máscara, sendo cobrados o documento de identificação e o comprovante de vacinação completo contra a covid-19.

 

Música