Alice Passos e Breno Ruiz lançam álbum ‘Milagres’ em parceria com Paulo César Pinheiro
Novo trabalho da dupla conta com as participações especiais de Edu Lobo e dos instrumentistas Rogério Caetano, Erika Ribeiro, Magno Julio e Marcus Thadeu
Alice Passos e Breno Ruiz lançaram nas plataformas digitais o novo álbum “Milagres”, dedicado ao repertório de parcerias de Breno e do compositor e poeta brasileiro Paulo César Pinheiro ao longo dos últimos 20 anos. Com participações especiais de Edu Lobo e dos instrumentistas Rogério Caetano, Erika Ribeiro, Magno Julio e Marcus Thadeu, o trabalho traz a voz de Alice em todas as canções, acompanhada do som do piano de Ruiz.
A ideia de criar "Milagres" partiu da cantora, grande admiradora do trabalho do pianista. Inicialmente, a dupla iria lançar apenas um EP. "Na prática, foi a Alice quem teve a ideia de fazer o álbum e me chamou para dividir. Como é uma cantora especialíssima e muito segura, que imprime à interpretação seu caráter singular, com respeito máximo à obra que canta, pensei: que sorte a minha!", contou Breno.
Ruiz acredita que novo trabalho contribui por dar continuidade e renovar o legado deixado por artistas que formaram a identidade musical e literária do Brasil, como exemplo Dorival Caymmi e Tom Jobim, na música, a Manuel Bandeira, na poesia, e Guimarães Rosa, na prosa. Para o pianista, estes e outros artistas conseguiram "traduzir" a verdadeira alma dos brasileiros e foram capazes de tornar o país um lugar que se reinventa de várias formas a todo momento.
"Imagino que os apreciadores de música brasileira encontrem histórias familiares e afetivas na música que fazemos. É possível encontrarem a sensação de uma volta para casa - uma casa que talvez sequer tenha existido na materialidade do mundo concreto, mas que ainda assim acolhe, aconchega e abriga. Como se essa casa tivesse existido desde sempre e de lá nunca tivéssemos saído. Um lugar que é bom de voltar quando precisamos lembrar de quem somos."
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Ao O Liberal, Alice explicou que Milagres se tornou a faixa-título por acreditar que a música está conectada com o restante do disco. "É a canção que acredito que permeia todo o disco. Não só para fazer como antigamente, onde a faixa dá nome ao álbum. Escolhemos este título por trazer imagens, sensações e reflexões que permeiam todas as músicas de alguma maneira", disse a intérprete.
Poder ver seu trabalho entregue ao público causa em Passos a sensação de encantamento. Para ela, é satisfatório poder ver mais uma obra finalizada, o que também recorda à artista as etapas, do início ao fim, de elaboração do disco, que apresenta as faixas "Milagres”, “Condão”, “Toda Morena”, “Cantiga de Menina”, “Sangue Mestiço”, “Dentro de Casa”, “Marajoara”, “Viola de Mágoa”, “Donana”, “Contradança” e “Acalanto pra quem tem filha”, esta última, com participação do cantor Edu Lobo.
"Dá uma alegria muito grande e também enorme expectativa. O processo do disco é longo. Desde escolha de repertório, estudo, ensaios até ir ao estúdio. Depois edição, mixagem, masterização, capa, fotos, ordem das faixas, diagramação. Uma vez que sai no mundo, a vontade é cantar ele nos quatro cantos", comemora.
(*Estagiária sob supervisão do Coordenador do Núcleo de Cultura de Oliberal.com, Abílio Dantas)