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Museu do Amanhã traz a Belém mostra sobre a urgência da preservação da Amazônia

A exposição poderá ser visitada de 2 de outubro a 1º de dezembro, com entrada gratuita

Amanda Martins

Pela primeira vez, uma exposição realizada pelo Museu do Amanhã, do Rio de Janeiro, estará em Belém, dando continuidade à sua itinerância pelo Brasil. A mostra "Fruturos - Tempos Amazônicos", organizada em parceria com o IDG - Instituto de Desenvolvimento e Gestão e a produtora Automatica, foi inaugurada na noite desta terça-feira (01/10), no Museu do Estado do Pará (MEP), no bairro da Cidade Velha. A visitação pública e gratuita começa nesta quarta-feira (02/10) e prossegue de terça a domingo, das 9h às 17h, até o dia 1º de dezembro. 

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A mostra, que já passou por outras cidades brasileiras, é apresentada pelo Instituto Cultural Vale e patrocinada pela Lei Federal de Incentivo à Cultura. O projeto visa explorar a grandeza, biodiversidade e o conhecimento milenar da Amazônia, destacando a urgência de sua conservação e a inter-relação entre a floresta e o clima global.

 

Com sete áreas temáticas, a exposição aborda fauna, flora, povos e cultura, integrando os visitantes à floresta por meio de atividades interativas e uma ambientação que inclui a atmosfera sonora da região.

Em cada cidade, “Fruturos” é adaptada, ganhando formatos únicos. Na Cidade das Mangueiras, a artista Moara Tupinambá foi convidada a criar uma proposta inédita para uma das salas da exposição. Sua obra "Maenry Tupinambá, eu existo!", em colaboração com as aldeias Tucumã Tupinambá e Papagaio do Rio Tapajós, apresenta fotomontagens e vídeos que ressaltam temas de ancestralidade, identidade, espiritualidade e resistência indígena.

"Meu avô nasceu nessa região e a gente foi contando histórias, trazendo um pouco das crenças que ainda existem ali. Elas são passadas de geração em geração. Nós incluímos histórias sobre crianças e falamos sobre uma entidade que aparece à noite para assustar pessoas que caminham pela região", conta Moara sobre seu processo criativo. 

Moara enfatizou a relevância da arte como uma ferramenta para discutir temas ambientais e culturais. “Quando trago essas pessoas que fazem parte dessa floresta, que ainda vivem nas aldeias, estou destacando que a Amazônia não é só fauna e flora, mas uma ocupação humana milenar. Precisamos ouvir os indígenas, que há anos nos ensinam como viver em harmonia com a natureza. Sem essa espiritualidade e o apoio aos parentes nas aldeias não há como preservar a floresta”, enfatiza a artista. 

A exposição é resultado de um longo processo de pesquisa e desenvolvimento. Amarilis Lage, editora artística do Museu do Amanhã, detalhou que a produção da mostra 'Fruturos – Tempos Amazônicos' foi feita com muita dedicação e pesquisa pela equipe do Museu, com o apoio fundamental de artistas, cientistas, lideranças e instituições da Amazônia. “A proposta é levar uma mensagem que una ciência e saberes tradicionais, buscando soluções para o desenvolvimento da região com a preservação da floresta”, complementou a editora. 

Amarilis ressalta a magnitude do trabalho em equipe envolvido na realização da exposição. "Temos pessoas dedicadas à apuração de informações, produção de trilhas sonoras, vídeos e ilustrações. As equipes de produção, jurídico, atendimento, educação e intérpretes de Libras garantem que a informação seja acessível ao público", acrescentou. 

Com classificação indicativa livre, a exposição também oferece visitas agendadas para grupos escolares e instituições, proporcionando uma imersão nos temas e na riqueza da Amazônia, convidando os visitantes a compreender a luta dos povos da floresta por dinâmicas econômicas que favoreçam a preservação do bioma e de suas populações.

Serviço:

Exposição Fruturos - Tempos Amazônicos itinerância

  • Abertura:  1º de outubro de 2024, às 18h. 
  • Visitações: a partir do dia   2 de outubro até 1º de dezembro, de terça a domingo;
  • Horário: das 9h às 17h, com entrada gratuita e classificação indicativa livre;
  • Local: Museu do Estado do Pará, localizado na Praça Dom Pedro II, s/n - Cidade Velha, em Belém. 
  • Visitas agendadas com equipe educativa para grupos escolares e instituições.

 

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