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Motins 2025 debate música, cultura e espiritualidade amazônica com atividades gratuitas em Belém

O evento ocorrerá nos dias 30 de janeiro a 1º de fevereiro, no Parque da Residência

Amanda Martins

O Parque da Residência, localizado no bairro de São Brás, em Belém, será palco da edição histórica do ‘Motins: Encontro Pan-Amazônico de Música e Cultura Periférica’. O evento, que integra o circuito do Festival PSICA Dourado 2024, ocorrerá nos dias 30 e 31 de janeiro, e 1 de fevereiro, trazendo uma programação gratuita repleta de atividades culturais, artísticas e formativas. As inscrições para as atividades foram abertas na última quarta-feira (22/01),  nas redes sociais do evento @motinspsica .

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Durante o dia, o público poderá participar de oficinas, paineis, palestras e rodadas de negócios, além de aproveitar a feira gastronômica, mostras de cinema e exposições de artes visuais. À noite, o Aposta Psica entra em cena no Bar da Residência, apresentando pocket shows de novos talentos selecionados em uma convocatória inédita, aberta a todos os nove países da América Latina que integram a Pan-Amazônia. A curadoria das atividades formativas do Motins é assinada por Zek Nascimento, enquanto o Aposta Psica é coordenado por Daniel ADR. Os nomes dos artistas que se apresentarão serão divulgados em breve.

Gerson Junior, diretor do Festival Psica, revelou que este ano a iniciativa ganhou proporções maiores e falará sobre a cultura periférica Pan-Amazônica, abrindo a possibilidade de ser realizado também uma feira de música.

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“A gente vai falar sobre a nossa cultura pan-amazônica como uma forma de integrar as regiões. Então, isso é um evento muito bom para os nossos artistas, para falarmos sobre a nossa cultura e criarmos esse ambiente interligado, onde possamos entender que nossa cultura é muito parecida com o restante da Amazônia”, disse.

O diretor do festival afirmou que o ‘Motins’ surgiu em 2016 e, desde então, tem sido uma plataforma para discussão de temas relevantes e formação de novos produtores culturais. “Sempre com essa ideia de fazer com que o nosso público conversasse sobre os assuntos que a gente achava pertinente do nosso público estar por dentro, como preservação ambiental, clima, racismo, LGBTfobia, transfobia, cicloativismo e vários outros temas que a gente vem puxando”, explicou Gerson.

Além disso, o evento também tem o objetivo de formar produtores culturais com consciência social. “É um festival que a gente traz esses temas, traz esses assuntos, para as pessoas debaterem e a gente forma profissionais também”, complementou;

Programação

O evento oferecerá 24 atividades formativas gratuitas, distribuídas ao longo dos três dias. O painel ‘Como a produção musical amazônica pode chegar mais forte no mundo’ abre o evento, na próxima quarta-feira (30/01), com a participação de Fafá de Belém, Félix Robatto e Felipe Vassão. Produtor musical, músico e compositor com mais de 30 anos de atuação, Vassão acumula dois Grammy Latino e também ministra a oficina ‘O processo criativo na produção musical’.

A palestra ‘O que aprendemos com o encontro de gigantes da cultura popular?’ reúne representantes de tradições culturais do Norte do Brasil: Ericky Nakanome (Boi Caprichoso), Susan Monteverde (Garantido) e Jr Soares (Arraial do Pavulagem). Fechando o dia, a palestra ‘Conexão Cumbia Pan-amazônica' será conduzida por Lucho Pacora, jornalista, produtor cultural e DJ peruano.

Já na sexta-feira (31/01), começa com a palestra ‘O Caribe estendido e as sonoridades da beira do rio’ apresentada por Edwin Pitre-Vásques, professor, músico e pesquisador panamenho, especialista em música latino-americana. Ele estará ao lado de Pinduca, Bruno Benitez e Iva Roth, debatendo as conexões culturais e sonoras entre o Caribe e a Amazônia.

O painel ‘A espiritualidade da cultura Pan-amazônica’ promove um encontro entre o frei João Messias, o pai de santo Amilton e o pajé Paulinho Borari, explorando a cosmologia sincrética da região e suas influências culturais.

Para o último dia de evento, sábado (1º/02), será apresentado o painel ‘Sabedoria popular e encantaria de cuidados: a música como cura ancestral’, a presença de Dona Onete, Mestre Damasceno, Mam'eto Nangetu, Edson Catende e Lourival Igarapé, discutindo o papel da música como elemento de cura e preservação de saberes ancestrais.

Em seguida, o painel ‘Kuximawara: o som dos nossos ancestrais' aborda a musicalidade indígena na Amazônia, com a participação de Rawa Munoz, Agenor Vasconcelos, Ian Wapichana e Adelina Borari.

Fechando a programação, o painel ‘Como podemos fortalecer a distribuição de música na Pan-Amazônia?’ reúne Elisa Maia (Festival Até o Tucupi, Manaus), Zatélithe (Negrofest, Colômbia), Na Figueredo (Selo Na Music, Belém) e Leonardo Pratagy (Selo Caqui, Belém) para debater os desafios do mercado musical na região.

SERVIÇO

‘Motins - Encontro Pan-Amazônico de Música e Cultura Periférica’

  • Dias: 30 e 31 de janeiro e 1 de fevereiro;
  • Locais: Parque da Residência (Av. Gov Magalhães Barata, 830 - São Brás) e Bar da Residência (Tv. Três de Maio, 1525 - São Brás);
  • Entrada gratuita, limitada à lotação do espaço.

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