Modelo paraense, que treinava com tijolos nos pés, tem ajuda de mãe de Pabllo Vittar
Jovem de Jacundá assina com empresa internacional para iniciar carreira como modelo
Andressa Romais, 16 anos, deu um passo importantíssimo para o sucesso da sua carreira como modelo. Nascida em Jacundá, sudeste paraense, a jovem, que atualmente mora em São Paulo, assinou uma grande agência nacional.
A paraense faz parte do casting da JOY Management, responsável por gerenciar a carreira das estrelas das passarelas como Lais Ribeiro e Aline Weber.
Porém, o mais surpreendente na trajetória de Andressa Romais foi a ajuda recebida: de Verônica Rodrigues, mãe de Pabllo Vittar.
VEJA MAIS
“Meu irmão é muito fã da Pabllo Vittar, desde o início da carreira dela. Então ele sempre teve contato com a mãe dela pela Internet, a Verônica Rodrigues. Uma vez, ela também recebeu a gente na casa dela”, relembra Andressa.
No ano de 2022, meu irmão estava na cidade de Uberlândia e contou para a Verônica que estava com saudades da família, ela então perguntou se eu e minha mãe não queríamos viajar para ficar com ele. Nós duas fizemos tudo que estava no nosso alcance para irmos o quanto antes, me lembro que arrumamos nossas coisas e eu logo pensei: ‘nossa vida está prestes a mudar’", acrescenta.
A jovem conta que foi através do irmão que ela descobriu o talento para ser modelo, mas foi Verônica que viabilizou tudo. Incentivando a carreira da paraense, a mãe de Pabllo foi quem investiu para que ela pudesse viajar e chegar até a capital paulista. Desde então, Andressa deixou para trás o trabalho em uma loja de roupas para mudar-se para a "cidade grande", onde foi vista por profissionais do ramo e consagrou-se nova aposta das passarelas.
“Para mim, era um sonho impossível, até eu viajar. Na primeira semana, vi que tudo que sonhei na minha infância estava acontecendo rapidamente. Meu irmão ligou para diversas agências e foi assim que tudo começou. Me lembro que eu não tinha condições de comprar um salto alto para treinar passarela, então pegamos dois tijolos e dois pedaços de fita de pneu de bicicleta, que meu irmão amarrou no meu pé. Eu era criança e não dava conta de suportar aquilo nos pés. Depois disso, nunca mais consegui me ver sem salto alto (risos), hoje no meu guarda-roupas sempre tenho um salto”, conta.
A vida com dificuldades de Andressa, os tijolos nos pés e condições precárias em casa, deixaram a jovem com os sonhos guardados, mas a ajuda de Verônica e a confiança do irmão, hoje se tornaram forças para Andressa.
“Minha infância foi muito simples, mas aprendi tudo que eu sou hoje. Meus pais sempre trabalharam para dar o melhor para mim. Mesmo sem condições, foi lá que aprendi tudo, numa casa humilde mas com muito amor familiar. Dividi o quarto com meu irmão mais velho até meus 15 anos, era uma casa de madeira, feita há mais de 20 anos e infelizmente já estava em estado de calamidade, mas mesmo assim eu só tenho a agradecer todo amor que minha família sempre me proporcionou”, relembra.