MinC e União Europeia se unem para combater tráfico de bens culturais

Com objetivo de combater o tráfico ilícito de bens culturais, o Ministério da Cultura (MinC) e a União Europeia decidiram unir forças contra o problema. Um projeto lançado em um seminário em Brasília, nesta terça-feira (18), busca aprimorar os sistemas de dados dos bens roubadose garantir uma interação internacional. As informações foram divulgadas pelo MinC.

O tráfico ilícito de bens culturais já é considerado um problema mundial que ameaça a memória e a cultura da humanidade. Entre os objetos frequentemente roubados, estão obras de arte, artigos religiosos, artefatos arqueológicos, acervos bibliográficos e documentos históricos. A partir disso, os bens passam por longos caminhos de comércio ilegal e são usados em crimes de lavagem de dinheiro e até financiamento do terrorismo. 

"Queremos estabelecer, junto com o Brasil, normas de cooperação para a devida proteção dos bens culturais", ressaltou a encarregada de negócios da Delegação da União Europeia no Brasil, Cláudia Gintersdorfer. "Esse tema nos preocupa imensamente. O tráfico ilícito priva diferentes culturas de suas identidades", comenta.

O coordenador geral de Cooperação e Relações Internacionais do MinC, Eduardo Pareja Coelho, ressalta a importância do suporte tecnológico. "Um dos mecanismos fundamentais para implementar uma política efetiva de combate é aperfeiçoar os sistemas de bens protegidos e roubados", explica.

Durante o evento, especialistas brasileiros e europeus apresentaram experiências bem-sucedidas no combate ao tráfico de bens culturais.
Desde 2015, o MinC vem intensificando o diálogo com outros órgãos brasileiros e internacionais que lidam com a temática. 

A iniciativa faz parte dos Diálogos Setoriais UE-Brasil, instrumento de cooperação criado em 2006 e que prevê o intercâmbio de informações em diversos setores, entre eles a Cultura.