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Marco Luque retorna aos palcos e anuncia vinda à Belém

O humorista e ator retoma projetos após pausa de um ano na carreira

Bruna Dias e Abílio Dantas

Dono de personagens marcantes e que no gosto do público, o humorista e ator Marco Luque retorna aos palcos após um ano de hiato na sua carreira. Com o espetáculo “Dilatados”, o artista tem viajado pelo Brasil e o mundo. 

Marco Luque já se apresentou em Portugal, Bélgica, Espanha, Irlanda, Suíça e Inglaterra.

“Dilatados” conta as aventuras de Jackson Faive e Mustafary. O primeiro, um motoboy paulistano e o segundo, um vegetariano irônico e controverso, que prega a sustentabilidade do planeta, diz amar a natureza e os animais, um dos seus amores é o Serumaninho, cachorro que encontrou na praia.

Marco Luque já antecipa que Belém está no radar de “Dilatados”: “Estou animado para levar o show para o Norte em dezembro”.

Além da volta aos palcos, o ator está no programa “No Corre”, humorístico do Multishow, que é exibido de segunda à sexta, às 22h. Nele, Luque é protagonista e leva o Jackson Faive para a televisão.

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Marco Luque mostrou para o público toda a sua versatilidade ao estrear na TV aberta na bancada do CQC, da TV Band. Em seguida foi para o Altas Horas e Nova Escolinha do Professor Raimundo, da TV Globo.

Veja a entrevista exclusiva de Marco Luque para o Grupo Liberal:

Marco, fale um pouco sobre a turnê internacional do espetáculo “Dilatados”. Quais as principais diferenças de apresentar o espetáculo fora do Brasil?

ML: Acabo mudando um pouco o jeito das piadas, a essência dos discursos, para adaptar para cada público. A cada cidade já mudo alguns tópicos, alguma especificidade do roteiro, que agrade o público. Estudo bem a minha audiência e gosto de saber quem está me assistindo. Mas, mantenho a essência e a base do Diltados que o público já espera, e alguns detalhes que são importantes para cada personagem. 

É a sua primeira vez nos Estados Unidos? Quais são as expectativas?

ML: Essa vai ser minha segunda turnê por aqui, mas a minha primeira vez com Dilatados. Sempre tento me manter centrado, mas tenho altas expectativas, quero trazer essa cultura brasileira e um escape para voltar às suas tradições. Acho que levar esse espetáculo para os EUA, e cidades que tem bastante brasileiros, traz um valor sentimental imenso. Cria um senso de família, de união. 


Os personagens que você traz no espetáculo são tipos bem brasileiros. Você os utiliza para falar também sobre a imigração brasileira para outros países?

ML: Eu tento manter o mesmo estilo dos shows nacionais, tentando trazer a sensação de que estamos realmente no Brasil. Sempre faço comentários sim sobre a diferença cultural, mas tento manter esse contato focado em pautas que eles relacionem fora de imigração, como a pauta do Mustafary falando de natureza e amor aos bichinhos. 

Você já veio a Belém do Pará? Qual a sua relação com a cidade? Você tem planos de voltar ao Pará?

ML: Eu amo o Norte, a cultura e as comidas são incríveis, quero estar sempre voltando. Com certeza estou animado para levar o show para o Norte em dezembro, vou para Belém do Pará, vou levar esse mesmo espetáculo Dilatados para os meus amigos para a região. 

O personagem Jackson Five é um motoboy e Mustafary faz referência a pessoas usuárias de cannabis. Tanto motoristas de aplicativos quanto a maconha são questões bastante atuais no Brasil. O quanto do noticiário entra em seu roteiro?

ML: Eu estou sempre atualizado na questão dos motoboys, quero sempre aprender para aprimorar o personagem. O Jackson Faive é alguém que representa uma classe que precisa de mais atenção e reconhecimento pelo seu trabalho. Quero que minha arte também agregue conhecimento para o público. 

O mustafary é um cara hippie, uma pessoa que ama a natureza. Eu o levo mais para o lado hippie no quesito de ser uma pessoa com vibe diferenciada, focado no bem-estar dos serumaninhos. Não acho que devemos estereotipar ninguém, porque o jeito de uma pessoa, a roupa, a voz, seus gestos não revelam o que consomem ou não. É preciso termos o olhar além dos estigmas que a sociedade tenta há anos determinar para algumas pessoas, grupos ou movimentos.


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