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'Mangueirosamente': o intrépido Zé Luca conta como acabou na produção de 'Central do Brasil

Jornalista e diretor de arte no cinema, ele revela detalhes de sua trajetória sempre ascendente na vida cultural

Eduardo Rocha
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No programa 'Mangueirosamente' desta sexta-feira (13), o apresentador Ismaelino Pinto recebe o jornalista e diretor de Arte Zé Luca Raymundo, uma pessoa apaixonada pela vida e pela Cidade de Belém, onde nasceu. Zé Luca é uma pessoa curiosa, atenta a tudo o que circula no mundo e é assim que ele constrói a cada dia uma sucessão de fatos interessantes na vida, fato que compartilha com o público do Grupo Liberal. Um dessas façanhas de Luca é ter atuado na produção do filme antológico do cinema brasileiro com repercussão internacional, o premiadíssimo "Central do Brasil", de 1998, dirigido por Walter Salles, com Fernanda Montenegro e Vinícius de Oliveira. O "Mangueirosamente" pode ser conferido no Portal OLiberal.com e nos canais do Grupo Liberal.

" 'Central do Brasil' foi meu primeiro trabalho meu em cinema, meu e da Mônica (paraense Mônica Costa). Nós fomos chamados para sermos os produtores de objetos do filme. A Mônica, primeira produtora de objetos, e eu como assistente dela. Foi como nós entramos", relata Zé Luca. "E aí eu fiz vários filmes como produtor de objetos, a Mônica, também, até você ir galganado, ir subindo, como acontece, e você acaba como diretor de arte. Então, primeiro, a produção de objetos, depois, produção de arte e aí você se torna um diretor de arte, que é quem comanda a equipe", completa.

Até chegar a atuar como diretor de arte, Zé Luca tem toda uma trajetória interessante. O nome dele é José Luís, mas a madrinha de Zé, Léa Conduru, o "batizou" como Zé Luca. E esse cidadão não esconde de ninguém que é apaixonado por Belém. "Eu sempre fui de andar muito e é andando que a gente sente a cidade", ressalta. Zé ressalta apreciar muito a arquitetura e a história das igrejas da capital paraense e a cultura do Pará como um todo.

Ele chegou a cursar quatro anos de Engenharia Civil na Universidade Federal do Pará (UFPA), mas verificou que essa não era a sua estrada a seguir. Daí, Zé Luca foi atuar no jornal O Liberal, no antigo prédio da rua Gaspar Vianna, de 1982 a 1985. Isso porque o pai de Zé Luca, José Carlos Raymundo, era amigo do fundador do Grupo Liberal, Romulo Maiorana, disse a esse filho que ele deveria trabalhar em jornal. Luca sempre gostou de ler muito e de arte, inclusive, frequentando assiduamente as salas de cinema na cidade e conferindo as críticas sobre a sétima arte, assinadas por Pedro Veriano, Luzia Miranda Álvares, Acyr Castro, Vicente Cecim e outros.

No cinema

De Belém, Zé Luca transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde atuou na Rádio MEC. Apaixonou-se pelo universo do rádio. No programa "Memória Brail", Luca entrevistou personalidades, como Abelardo Barbosa, o Chacrinha (última entrevista concedida pelo 'Velho Guerreiro'), a intérprete lírica brasileira Bidu Sayão e outras personalidades. 

Quando saiu da emissora, Zé Luca lançou mão de uma qualidade: a de apreciar (desde criança) e ser um "rato" de antiquários e leilões. Zé tinha um acervo de objetos na casa dele. Abriu um antiquário com objetos dos anos 50, 60 e 70. O espaço passou a ser frequentado por artistas e gente de cinema, o que acabou aproximando Zé Luca da produção cinematográfica. E assim, ele e Mônica Costa acabaram ingressando na produção de "Central do Brasil".

 

 

 

 

 

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