'Mangueirosamente': Jornalismo e empoderamento feminino
No próximo episódio do Mangueirosamente, Ismaelino Pinto conversa com três ícones do jornalismo paraense Priscilla Castro, Célia Pinho e Nélia Rufeil.
A próxima edição do ‘Mangueirosamente’, que vai ao ar nesta sexta-feira (8), traz um papo descontraído e muito informativo com três grandes ícones do jornalismo paraense: Priscilla Castro, Célia Pinho e Nélia Rufeil.
As três jornalistas já atuaram em diferentes veículos de comunicação do Pará e marcaram fortemente a sua presença nas mais variadas reportagens ao longo da carreira.
No papo conduzido pelo também jornalista Ismaelino Pinto, as convidadas expressaram suas opiniões sobre o jornalismo, e suas trajetórias como mulheres que se destacaram por seu talento na profissão.
Priscilla Castro, que apresenta o Jornal Liberal 1ª Edição, começou a conversa explicando como ela enxerga o ofício do jornalista
“Na minha concepção o jornalismo é extremamente apaixonante, dinâmico, envolvente, e a gente costuma dizer na redação que é como uma cachaça, porque quem entra e se envolve no jornalismo, dificilmente consegue sair. Quem entende e que é picado por aquele bichinho do jornalismo, porque tem gente que não se cria numa redação”, disse a jornalista.
Nélia Rufeil, que trabalhou em jornais de Belém e de outras cidades do Brasil, contou que largou 4 anos de psicologia para ingressar no jornalismo, que sempre foi o seu sonho.
“Comecei na TV Liberal, na produção. Teve um dia que a Leni Sampaio ficou doente, e aí ela não pôde ir. Na televisão a gente chama de ‘equipe muda’, e essa equipe disse ‘Nelia ta acontecendo uma greve dos petroleiros, vai lá’. Como eu queria ir para a reportagem, eu fui fiz a entrevista e fiz uma passagem de vídeo, que é o momento em que o repórter aparece na televisão. Ai depois pedi e mostrei para o meu gerente, ele gostou e perguntou se eu queria ser repórter. Eu respondi que era o meu sonho”, comentou Nélia ao contar um pouco sobre o seu início de carreira.
Célia Pinho, famosa por suas reportagens irreverentes, também falou sobre o início de sua trajetória e como tudo foi evoluindo.
“Jornalismo é aquela grande paixão, né? No início, o primeiro vestibular que eu fiz foi para economia, mas eu não passei, ainda bem. Eu sempre gostei dessa coisa de contar histórias, adorava assistir a Glória Maria na TV...então eu olhei aquilo e disse ‘égua, eu vou fazer jornalismo”, conta a comunicadora aos risos.
Além de suas carreiras, as jornalistas também comentaram sobre a força feminina na comunicação e os desafios que já foram ultrapassados com a evolução da profissão.
“As mulheres sempre estiveram no jornalismo, mas houve um grande período em que o JN, o principal jornal do país, era apresentado só por homens. As mulheres faziam telejornais, mas era o jornal da manhã, era o jornal revista, o carro-chefe, ainda eram os homens. Então quando a primeira mulher foi apresentar o Jornal Nacional, foi algo histórico. Então acho que foi um trabalho construído, com a sociedade, de credibilidade, e de você respeitar também o corpo da mulher, o estilo de cada uma, o cabelo. Houve uma época em que todo mundo tinha que ter cabelo curto, era o padrão”, comentou Nélia Rufeil em um trecho da entrevista.
Mais detalhes sobre o bate-papo com as três grandes jornalistas podem ser conferidos nesta sexta-feira (08) no Mangueirosamente, pelo portal O Liberal.
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