Live com grandes nomes da cultura abre programação gratuita do Instituto Cultural Vale

Capacitação online é voltada para profissionais de Música e Artes Cênicas. Live inaugural tem Deborah Colker, Glória Caputo e Chico Pelúcio, do Grupo Galpão

Caio Oliveira
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Em um tempo de incertezas tão grandes, o Instituto Cultural Vale convidou nomes de destaque na produção cultural do Brasil para tentar responder à pergunta: qual o futuro das artes? Na busca desta resposta (ou de várias), ocorre nesta terça-feira, 06, às 19h, a live inaugural do programa de formação em Gestão Contemporânea das Artes, iniciativa voltada para profissionais das áreas de música e artes cênicas, oferecendo cursos ministrados em meio on-line e de forma gratuita. Na palestra de abertura, os convidados são Glória Caputo, idealizadora do projeto Vale Música Belém; Chico Pelúcio, ator, diretor, gestor cultural e idealizador e do Centro Cultural Galpão Cine Horto, de Minas Gerais; e Deborah Colker, bailarina e coreógrafa brasileira à frente da companhia de dança de renome internacional que leva seu nome. A live, bem como todas as videoaulas e apostilas do programa, podem ser acessadas no site institutoculturalvale.org.

O programa tem como objetivo ampliar o repertório conceitual e técnico dos profissionais da cultura para auxiliar em sua atuação autônoma no mercado de trabalho e, para isso, conta com apostilas de cada uma das videoaulas disponibilizadas. Todo o material ficará acessível como acervo no site do ICV, além da transmissão de três lives, uma para cada módulo, para esclarecer dúvidas e para a troca de informações sobre o conteúdo entre alunos e professores. Além de oferecer formação prática, o programa quer discutir os novos rumos que a arte deve tomar nos próximos anos e o que pode ser aproveitado como experiência positiva no caos vivido em meio à pandemia. Segundo Deborah Colker, o Brasil já vivia um momento delicado na relação com sua cultura antes da chegada do novo coronavírus, e esse é o momento de não desistir.

“Independente da pandemia, a gente vive uma questão cultural e artística no Brasil muito complicada, mas se analisar a situação pandêmica, a cultura foi a primeira a ter que fechar, se prejudicar terrivelmente e surpreendentemente e, possivelmente, será a última a retomar de uma maneira com mínimas condições produtivas, econômicas. Só a gente sabe, quando montamos um espetáculo, quanto a gente precisa ter de público para aquilo acontecer, se pagar”, opina a coreógrafa, que festeja a oportunidade de debater soluções. “Eu vejo a Vale como uma grande mecenas. Nos 28 anos de nossa companhia, a gente sempre pensou na nossa responsabilidade, sobre o que somos capazes de entregar para a sociedade em termos de educação, em termos sociais. É uma possibilidade maravilhosa esta que a Vale está criando ao juntar o Chico, a Glória e eu, experiências tão distintas, para trocar essas formações com o intuito de estimular e empoderar os jovens, fazer eles acreditarem que produzir cultura no Brasil é genial. Em um momento com as coisas tão confusas, tão complicadas, a gente tem a obrigação de estimular”, pondera a bailarina à frente da Cia Deborah Colker que, entre as inúmeras apresentações internacionais, tem no repertório o espetáculo Ovo, de 2009, uma colaboração de Colker com o Cirque du Soleil.

Também movida por esse sentimento de incentivo às artes, a Superintendente da Fundação Carlos Gomes, Glória Caputo, conta que seu objetivo é juntar o tradicional ao moderno para, assim, dar uma vida longa à sua paixão: a educação por meio da música. “Nós praticamente paramos as nossas atividades durante a pandemia e criamos atividades novas, via internet. Esse é o momento de reflexão, mudanças, com a utilização de outras técnicas além das atividades presenciais, completamente diferente daquela linha de trabalho que nós fazíamos. Eu acredito que caso a gente consiga superar a pandemia agora com a vacina e os casos pelo menos diminuam, se não acabarem, a gente possa voltar a fazer nosso trabalho que normalmente nós fazemos, mas já com outras ferramentas, que antes não eram praticamente utilizadas. Acho que vai mudar um pouco o caminho que a gente tinha. Claro que o presencial - principalmente no ensino de instrumentos  - é fundamental, sobretudo com as crianças, mas, as atividades podem ser complementadas com aulas não presenciais, com a utilização de outras ferramentas, aproveitar aquilo que a tecnologia nos dá”, diz a educadora musical.

"O Instituto Cultural Vale ouviu produtores culturais sobre suas maiores necessidades e, a partir dessa troca, criou o programa de formação em Gestão Contemporânea das Artes. É o primeiro programa educativo assinado pelo Instituto e direcionado para o dia a dia dos profissionais criativos da música e das artes cênicas. No ano passado, lançamos a capacitação gratuita em formatação e cadastro de projetos via Lei de Incentivo à Cultura para democratizar o acesso de mais produtores ao mecanismo. Empoderar profissionais do setor é, também, contribuir para o fortalecimento da cadeia produtiva da economia criativa e propiciar mais oportunidades", encerra Hugo Barreto, diretor presidente do Instituto Cultural Vale.

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Cultura
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