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Legado de Mestre Dikinho ganha as telas em documentário inédito; saiba como assistir

O longa-metragem será lançado presencialmente no dia 19 de outubro, mas poderá ser assistido no mesmo dia no canal ‘Carimbó de Encantaria’ do YouTube

O Liberal

O documentário “Mestre Dikinho e Tambores do Pacoval – Carimbó de Encantaria” será lançado no próximo sábado (19/10), com exibição no bairro do Pacoval, em Soure, na Ilha do Marajó. O evento de estreia ocorrerá às 19h, na sede da Associação de Moradores do Pacoval (AMPAC), local que há 15 anos recebe rodas de carimbó que contavam com as participações de Mestre Dikinho, considerado figura central de um movimento que influenciou gerações de tocadoras e tocadores da região. No mesmo dia, o longa-metragem estará disponível online, às 20h, pelo canal @CarimbódeEncantaria no YouTube, permitindo que o público possa assistir à produção. 

Carimbó: Morre Mestre Dikinho, aos 83 anos de idade, em Soure, no Marajó
Mestre Damasceno se despediu do companheiro de arte.

No documentário, que começou a ser produzido em julho de 2019, os telespectadores podem acompanhar uma visão íntima sobre a vida e obra do mestre, destacando sua influência na cultura da Amazônia. 

Luciane Bessa, produtora executiva do documentário, expressou a importância do projeto para a comunidade e para a preservação da memória do Mestre Dikinho. "Finalizar esse trabalho é um sonho antigo da comunidade, que se encontrou com o sonho de produtores independentes e começou a se tornar realidade. Ter convivido e feito carimbó com ele foi de uma dimensão indescritível. Ele era gigante em sua delicadeza e poesia sensível à Ilha do Marajó", declarou.

Ela também ressaltou que o documentário eterniza o mestre para as futuras gerações, permitindo que sua obra seja vista, ouvida e sentida por muitos.

Quem era o Mestre Dikinho?

Mestre Dikinhofalecido em julho de 2024 aos 83 anos, era compositor, violonista, cantor e artesão marajoara. Cresceu trabalhando como vaqueiro e pescador, envolvido pela poesia e encantaria da região. Suas canções exploravam uma variedade de ritmos, desde o carimbó até o samba, bolero e xote. Por mais de uma década ele integrou o grupo "Tambores do Pacoval" e, nos últimos anos de vida, participou do grupo "Os Mansos" ao lado de Mestre César do Regatão e Yuri Guimarães, seu grande parceiro de estrada.

O mestre deixou um grande legado cultural no Pará, especialmente no carimbó, mas também em outras manifestações da cultura popular paraense, como o Boi, o Carnaval e o Bolero.stre 

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