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Jornalistas, artistas, políticos e acadêmicos lamentam morte de Maria Sylvia Nunes

Governo do estado e Prefeitura de Belém decretam luto de três dias.

Redação Integrada

O falecimento de Maria Sylvia Nunes, viúva do filófoso Benedicto Nunes e grande incentivadora das artes no Pará, nesta quinta-feira, 5, causa comoção entre os meios político, jornalístico, acadêmico e artístico. O governo do estado decretou luto de três dias. Por meio do Twitter, o governador Hélder Barbalho disse que o estado "perde uma das grandes dramaturgas". 

Fundadora da Escola de Teatro e Dança da Universidade Feeral do Pará (ETDUFPA), marco das artes cênicas no estado, onde lecionou por mais de 30 anos, ela foi professora emérita da UFPA e emprestou o nome ao teatro da Estação das Docas.

"O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), lamenta, com profundo pesar, o falecimento de um dos maiores nomes das artes cênicas paraenses, Maria Sylvia Nunes, na madrugada desta quinta-feira (5) e decreta três dias de luto no Pará", divulgou. O governo também reconheceu a "importante atuação e fundação do Grupo Norte Teatro Escola do Pará e como reconhecimento de seu talento para a dramaturgia paraense" e destacou que Sylvia colaborou ativamente nas edições do Festival de Ópera do Theatro da Paz. "Sua vida e obra deixam um legado imortal à cultura do Estado e do país. O Governo registra ainda sua solidariedade aos familiares e amigos".

A Prefeitura Municipal de Belém também "lamentou profundamente o falecimento da professora Maria Sylvia Nunes" e o prefeito Zenaldo Coutinho decretou luto oficial de três dias no município, com os órgãos da administração municipal manterão a bandeira de Belém hasteada a meio mastro.

A reitoria da UFPA também expressou profundo pesar: "(Ela) Foi premiada em festivais de teatro universitário e recebeu diversas homenagens de instituições acadêmicas e governamentais. Atuou intensamente na difusão da arte e da cultura no estado do Pará. Atualmente, exercia a função de presidente do Conselho da Editora da UFPA. (...) A outorga do título de Professora Emérita da UFPA a Maria Sylvia Nunes reconheceu, em junho do ano passado, uma trajetória transformadora na cultura do Estado, que permanece, até hoje, em ações da UFPA e da Secretaria de Estado de Cultura do Pará nas áreas de Teatro, Museologia, Dança, Música e Artes como um todo".

NAS REDES

Várias pessoas postaram mensagens de reconhecimento e lamento nas redes sociais. "O casal (Sylvia e Benedicto) era a própria encarnação das artes e da cultura deste Estado", disse o jornalista Tito Barata, filho do compositor Ruy Barata. O jornalista e crítico de cinema Ismaelino Pinto também postou uma foto ao lado de Maria Sylvia com os dizeres: "A importância em estar de acordo. Amigos são os melhores lugares".


O casal de críticos de cinema, Pedro Veriano e Luzia Miranda Álvares, também lamentou a perda da amiga pessoal no Facebook. Ele recordou que se conheceram quando ainda eram estudantes e que os dois casais mantiveram a amizade por muitos anos: "Os dois Nunes iam  ao meu Cine Bandeirantes e era motivo de belas conversas sobre a Sétima Arte (...) Sinto muito a partida de Maria Sylvia e reconheço que se inscreveu na história cultural de Belém". "Sua contribuição foi incomensurável na cultura e nas artes de um modo geral", completou Luzia.



O jornalista e ator Alberto Silva Neto escreveu: "Que as trajetórias pioneiras e gloriosas daqueles e daquelas que partem possam se transformar em respeito e valorização dos que permanecem produzindo e lutando pelas artes cênicas no Pará (...) Meu reconhecimento e gratidão pela contribuição histórica de Maria Sylvia Nunes para a arte e a cultura brasileiras".


O deputado federal Edmilson Rodrigues escreveu "Solidariedade aos amigos e familiares da professora Maria Sylvia Nunes (...) Era reconhecida por seu importante trabalho dedicado ao teatro, às artes e a educação". O filósofo e professor da UFPA Ernani Chaves lembrou frases emocionantes ditas a ele por Maria Sylvia: "Não chore (com o falecimento de Benedicto), o Bené viveu como quis"


 

 

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