Jade Picon reconhece seus privilégios e se posiciona a favor do fim da escala 6×1
A influenciadora comentou sobre os inúmeros privilégios que ela e o irmão possuem e se engajou na luta por melhores condições de trabalhadores no país.
Na noite desta terça-feira (12), Jade Picon utilizou seu perfil no Instagram para opinar sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa acabar com a jornada de trabalho 6x1, que permite até seis dias de trabalho para um dia de descanso. A atriz decidiu se manifestar após a polêmica gerada pelo posicionamento contrário do irmão, o influenciador Leo Picon.
Jade, em seus stories, comentou que é consciente dos próprios privilégios e que não tem “lugar de fala” para questionar a pauta. "Eu aprendi cedo que existe uma coisa chamada 'lugar de fala'. 'Sofro com isso? É o meu lugar de reivindicar algo?' Não! Então, eu acho, sim, que as pessoas precisam reivindicar uma vida mais digna, lazer […] Não é o meu lugar de fala, mas estou aqui para mostrar o meu apoio, porque é o mínimo que eu posso fazer", declarou a atriz.
A jovem também usou o espaço para desabafar sobre as acusações de internautas que presumiram que ela fosse contra a PEC apenas pelo posicionamento público de seu irmão.
"Para mim, é muito triste quando as pessoas pressupõem um posicionamento meu sem eu ter falado nada [a respeito]. Não sou de me posicionar sobre os assuntos, porque aprendi cedo que existe uma coisa chamada lugar de fala. Se não é o meu lugar de reivindicar algo, apoio ou fico quieta, por conta dos meus zilhões de privilégios, dos quais tenho plena consciência", explicou Jade.
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A PEC busca reduzir a jornada de trabalho, com o objetivo de acabar com a possibilidade de escalas de seis dias de trabalho e um de descanso. A autora da proposta, a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), argumenta que essa medida é fundamental para melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores e reduzir o desgaste físico e emocional causado por jornadas exaustivas.
O irmão de Jade, Leo Picon, se manifestou contra a proposta em entrevistas e redes sociais, apontando que a mudança traria prejuízos à população. Durante participação no programa Pânico, da Jovem Pan, Leo criticou a PEC, chamando-a de "populista".
"É uma ideia que, no fim, quem seria prejudicado é o povo. É uma ideia populista, porque você fala isso pra uma população que sofre isso com ônibus lotado, falta de dinheiro, falta de presença do estado, com um dos Congressos mais caros do mundo", declarou.
Após críticas e debates acalorados na internet, Leo chegou a apagar publicações, mas posteriormente reafirmou seu posicionamento, gerando ainda mais polêmica ao chamar internautas de "burros". "Meu pensamento é esse e se você discorda você tem todo o direito de ser burro. A burrice é plantada para que eles colham os frutos", escreveu.
*(Hannah Franco, estagiária de jornalismo, sob supervisão de Enderson Oliveira, editor web de OLiberal.com)