Inferno Nuclear lança primeiro álbum da carreira

Perto de completar 15 anos, a banda de thrash metal Inferno Nuclear lança o primeiro álbum, “Diante de um Holocausto”, neste sábado (20). O grupo vem colecionando canções desde 2006 para presentear o público com o trabalho. A faixa ``Unidos pelo Underground" vem acompanhada de um clipe, que estará disponível nas plataformas digitais, a partir do dia 26 de março.

 Lendl Oliveira, baixista da banda, explicou que a demora pela produção do primeiro disco é resultado de uma realidade das bandas de rock paraense. Ele diz que a falta de recursos e a grande rotatividade de membros acaba dificultando e retardando o processo de produção.

 “Não é de hoje que as bandas de rock vêm enfrentando grandes dificuldades. Desde o início, o grupo tinha vontade de fazer um lançamento, mas nunca dava. Há dois anos, a banda estabilizou com relação aos integrantes e foi possível focar e realizar o projeto”, destaca o baixista.

Inferno Nuclear é uma banda que tem como influência a escola oitentista e traz em seu som referencias de Exodus, Anthrax, Metallica e toda a cena de americana e europeia. O diferencial da banda é que as letras são em português como forma de se aproximar mais do público local.

 As canções de “Diante do Holocausto” são de autoria dos membros da banda, principalmente do Wellington, que é vocalista e fundador do grupo. As músicas tratam sobre a atual política do mundo, “por isso, nossas letras não são muito otimistas”, completa o baixista.

 O álbum vem com mensagens de guerra, conflitos e abordam as angústias do capitalismo e a sensação de que o mundo não vai nada bem. Os temas são o medo do futuro, os desastres ambientais, as desigualdades sociais, o temor de uma guerra nuclear - ameaças presentes no mundo dos anos oitenta que estão de volta na terceira década do século XXI.

 “Anarquia” é a música mais antiga, feita em 2006 quando inaugurou a banda. E a canção mais recente é Unidos pelo Underground, que ganhou um clipe produzido em estúdio durante a gravação do single. Além dessas, o álbum é composto por Evitamos a Vida, Provocamos a Morte; Anjos da Guerra, Soldados do Mal, Alienação, Vítimas e Contra-Ataque.

  O disco foi gravado no Fábrika Studio, em Belém, entre janeiro e março de 2020 e quem assina a produção é Kleber Chaar. A arte da capa é assinada por Márcio Aranha. Conta com participações especiais de Jayme Katarro (Delinquentes) nos vocais em “Anarquia” e Vinicius Carvalho (Agent Steel, A Red Nightmare, Disgrace and Terror) no solo de guitarra, além de vários artistas do underground paraense no coro vocal.

 Fundada por Wellington Freitas (Vocal) no ano de 2006, em Belém, o Inferno Nuclear conta com Alexandre Durães (Guitarra), Lendl Oliveira (Baixo) e Jorge Raposo (Bateria).