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Google homenageia com Doodle Rita Lobato; conheça a história da médica ativista brasileira

Conheça a história e trajetória da primeira medica brasileira, a ativista Rita Lobato Velho

Pedro Garcia

Nesta sexta-feira (07), o Google Doodle homenageia a primeira mulher formada em medicina no Brasil, a ativista Rita Lobato Velho. A reverência é feita em comemoração aos 158 anos de nascimento da médica. Além de ter se tornado a primeira doutora do país, o espírito pioneiro e ousado de Rita, fez com que ela conquistasse outros títulos, pois, a brasileira se tornou a segunda médica da América Latina e a primeira vereadora do Rio Grande do Sul.  

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Em sua trajetória, um acontecimento marcou a vida e carreira da futura médica para sempre, pois ao ver sua mãe morrer, durante o parto do filho caçula, prometeu a ela que não ia deixar ninguém morrer de parto em suas mãos. Após isso, para se formar, Rita defendeu uma tese intitulada "Paralelo entre os Métodos Preconizados na Cesariana", uma temática que era considerada ousada para época.  

A jovem foi uma estudante talentosa, concluindo o curso de medicina em apenas quatro anos, em vez dos seis anos exigidos na época. Em 10 de dezembro de 1887, aos 21 anos, Rita conseguiu o seu diploma e se tornou a primeira mulher formada em medicina no Brasil. Durante sua carreira, o foco de suas práticas foi a obstetrícia e tratou mulheres de diferentes classes sociais em seu próprio consultório, muitas vezes sem cobrar nada pelo trabalho.

Dois anos depois da formatura, em 1889, Rita se casou com Antônio Maria Amaro de Freitasn e mudou o nome para Rita Lobato Freitas. Após a morte do marido em 1926, Rita Lobato se envolveu mais intensamente com o movimento feminista, influenciada pela bióloga e ativista Bertha Lutz. Ela apoiou o direito ao voto feminino e foi eleita a primeira mulher a ocupar o cargo de vereadora em Rio Pardo, no Rio Grande do Sul, em 1934.

 A doutora faleceu com quase 90 anos, em 1954, após exercer a medicina até os 76 anos. 

(Pedro Garcia, estagiário de jornalismo, sob supervisão de Heloá Canali, coordenadora de OLiberal.com)

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