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FotoAtiva faz exposição em Montevidéu

Mostra reúne trabalhos de 30 artistas do Pará, como Oswaldo Forte, Walda Marques, Paula Sampaio, Elza Lima e Guy Veloso

Lucas Costa

A história da identidade fotográfica influenciada pela Associação Fotoativa, assim como a construção de diversos olhares fotográficos que fizeram parte dessa trajetória, estão na exposição “Sobre sonhos, abismos e fronteiras - Fotoativa ontem e hoje”, no Centro de Fotografia de Montevidéu, Uruguai.

A mostra inclui trabalhos de mais de 30 artistas de diferentes gerações que contribuíram com a construção da trajetória da instituição, com uma atuação continuada em Belém, Amazônia brasileira, em ações cuja experiência colaborativa se desdobra em diferentes frentes.

A mostra toma como base as memórias de seu corpo-coletivo por meio da construção de uma linha do tempo interativa, com imagens de arquivo, pequenos textos, publicações e objetos pertinentes a trajetória da instituição. Trabalhos de Oswaldo Forte, editor de Fotografia de O Liberal, entre outros grandes nomes da fotografia paraense, como Elza Lima, Walda Marques, Paula Sampaio e Guy Veloso, fazem parte da exposição.

“Expor no Centro de Fotografia de Montevidéu, uma instituição de referência nacional que tem como base o estímulo à reflexão, ao pensamento crítico e a construção de uma identidade cidadã, nos deixa bastante felizes por mostrar a trajetória de quase 35 anos e os novos olhares que formam a Associação Fotoativa e mantém forte a ferramenta que a move: a educação pelo olhar através da luz”, explica Irene Almeida, uma das curadoras da mostra.

A mostra estrutura-se em três eixos expositivos interconectados: “Sonhos” é descrito como o eixo que transita entre experimentações sensíveis e lúdicas em um embate com ilusões perdidas e desenraizadas da criança que nos habita; já “Abismos” desvela experiências em uma cidade incógnita, percorrendo fantasias cotidianas, a solidão urbana, o abandono, abrindo-se a caminhos inventados, tanto reais quanto labirínticos.

O último eixo, “Outras Fronteiras”, percorre paisagens transpondo limites simbólicos das bordas interditas em uma Amazônia repleta de crenças e sabedorias infinitas.

A exposição permanece no Centro de Fotografia de Montevideo (URU) até o mês de julho.

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