Festival Psica tem programação cultural gratuita em bairros de Belém
Guamá e Jurunas recebem três dias oficinas e debates. Festival ainda terá no final de semana shows de artistas nacionais, como Elza Soares, Chico César e Karol Conká
Os shows do Festival Psica só serão no final de semana, mas desde terça-feira, 14, uma programação cultural gratuita voltada para jovens dos bairros do Guamá e Jurunas, foi iniciada. A ação faz parte do Programa Territórios pela Paz (TerPaz) e vai ser finalizada nesta quinta-feira, 16.
Intitulada "Motins - ImaginAções kbanas, o Norte é nosso Norte", a programação envolverá debates e oficinas com temáticas sobre arte, música e produção cultural. A iniciativa é uma contrapartida do projeto premiado em edital da Lei Aldir Blanc, realizado pelo Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult).
Nesta quarta-feira, 15, terá Oficina Teórica de Fotografia, de Prática de Fotografia e de Compostagem em vaso.
Para está quinta-feira, 16, 09h às 12h e de 14h às 17h, terá Oficina Roteiro para videoclipes: narrativas a partir da periferia, no Espaço Cultural Nossa Biblioteca; de 15h às 18h terá Oficina de Lambe, no Gueto Hub; e de 16h às 18h, ocorrerá o Debate Norte e Nordeste – Conexões criativas nas periferias do topo do mapa, na Lab Cidade.
A programação cultural foi aberta no bairro do Jurunas, no espaço do Gueto Hub, com a mesa “Decolonialidade: Onde estão os corpos pretos na fotografia e nas artes visuais?”, com mediação de Nay Jinknss e Tuyuka Lara, e participação de Moara Tupinambá, Isabela Chaves e Mauro Joaquim. Já no Espaço Cultural Nossa Biblioteca, no Guamá, o jornalista e produtor cultural Gustavo Aguiar foi o facilitador da oficina “Artista Pro: ferramentas para gestão de carreiras na arte”.
“Eu me conecto muito com a filosofia da Psica Produções, que é a de encurtar caminhos para quem é periférico, preto, LGBTQIA+, indígena, para quem tem menos acesso à formação para trabalhar com arte e cultura. Fico muito feliz de estar formando uma turma de profissionais que vão produzir uma nova geração de artistas. Eu vejo que o que o Psica está semeando agora, para esses artistas periféricos e pretos, vai fazer muito sentido daqui a alguns anos, e assim a gente vai ter uma virada de chave muito interessante nesse cenário”, disse Gustavo Aguiar.
A auxiliar financeira Josiane Vieira de Matos, moradora do bairro do Guamá, aproveitou a oportunidade para participar da oficina e se profissionalizar. “Além do tema da oficina e da admiração pelo facilitador Gustavo Aguiar, o que mais me motivou foi o fato de ser realizada no meu bairro, acessível, inclusiva e que impulsiona a juventude local a trabalhar suas potências artísticas. Foi uma experiência super enriquecedora, apesar de eu ainda não trabalhar diretamente com a arte, mas sempre estou envolvida no meio artístico”, contou.
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