Festival leva Caeté para o mundo
Exibições de filmes serão feitas em Belém, Bragança e na cidade do Porto, em Portugal
Pela oitava vez, o Festival Internacional de Cinema do Caeté (FICCA) trará a oportunidade para os públicos de Belém, Bragança e da cidade do Porto, em Portugal, assistirem filmes com temáticas sobre a Amazônia por quem vive a região. O festival terá sessões do dia 8 ao dia 10 no Cine Líbero Luxardo, em Belém, nos campi da Universidade Federal do Pará (UFPA) e do Instituto Federal do Pará (IFPA), ambos em Bragança, e na Livraria Gato Vadio, na cidade do Porto (PT). Toda programação é gratuita e está disponível no Instagram @ficcacinema.
Os melhores filmes de cada categoria receberão um troféu que homenageia ativistas de direitos humanos da Amazônia. O troféu foi criado pelo “santeiro” Japon, artista e artesão que habita a comunidade do Camutá, do outro lado do Rio Caeté. A cerimônia oficial de abertura será realizada no Liceu de Bragança, com palestra da professora doutora e crítica de cinema Luzia Miranda Álvares, na próxima sexta-feira (08), às 16h30, com transmissão simultânea no Cine Líbero Luxardo, em Belém.
“A gente chega na oitava edição muito maduro. O festival se consolida no passo a passo dele. Começou em 2014, estamos em 2022, é uma estrada bonita que o festival tem construído. Chegamos maduros, mais organizados, mais sistematizados, mais profissionalizados. E afirmando cada vez mais a lógica que permeia o festival que é inclusivo, social, que tem uma pegada cineclubista, é um festival itinerante, descentralizado. Ele prima pela dialógica. Ele tem uma culminância nos dias 8, 9 e 10 de dezembro, mas acontece o ano todo”, enfatiza o idealizador do festival e um dos organizadores Francisco Weyl.
No total serão exibidos 34 filmes entre longas, médias e curtas-metragens de ficção e documentários. O público poderá votar nos filmes participantes. Neste ano o Festival recebeu 134 inscrições de filmes nacionais e internacionais. Para um dos organizadores e participante do júri que selecionou os filmes participantes, Mateus Moura, o público pode experimentar dos filmes muitas representações das realidades da Amazônia.
“O que se pode esperar são filmes que tem esse carácter experimental de inovação estética a partir de realidades da Amazônia, fora de um contexto privilegiado de cinema comercial. Normalmente ali numa estética do possível, da poética de gambiarra, que estão ligadas a compromissos sociais de filmes amazônicos e brasileiros. São filmes excelentes dentro dessas características. Propositivos originais. O público pode esperar novidades e algo próximo da realidade desse público. Não é aquele cinema distante, superproduzido”, destaca.
Programação – No segundo dia do festival, dia 09 de dezembro, o FICCA realizará as sessões competitivas com os filmes selecionados, das 14h às 19h. As sessões serão no Cine Líbero Luxardo, em Belém, e nos campi da UFPA e IFPA, em Bragança. Enquanto, que a cidade do Porto, em Portugal, recebe a Sessão Especial Luso-Brasileira, às 20h, na Livraria Gato Vadio.
No último dia, em Belém, o Cine Líbero Luxardo recebe as amostras “Sérgio Santeiro”, às 14h; “O Cinema Invisível de Vicente Cecim”, às 15h; e “O Exército e o exercício cinematográfico de Ana Tinoco”, às 16h. A partir das 17h, Belém e Bragança exibirão os filmes premiados na oitava edição do Festival.
DIVERSIDADE - Aberto à diversidade, o FICCA é um espaço em que a primazia está sob as comunidades engajadas no festival nas atividades realizadas durante todo o ano. De acordo com Francisco Weyl, o Festival propõe alternativas para democratizar o audiovisual, na perspectiva de fortalecer e desenvolver a cadeia setorial na Região dos Caetés.
“É um festival que tem uma natureza formativa. Ele forma o público para difusão de uma cinematografia que é invisibilizada. Uma cinematografia que não é comercial, cuja temática é contemporânea no sentido das afirmações das afirmações das demandas mais urgentes segundo nós pensamos do nosso tempo. São filmes feitos por ativistas, por professores, realizadores e artistas. Abrimos uma grande janela”, declara.
VIII FICCA é organizado pela Arte Usina Caeté, em parceria com o Centro Cultural Cineclube Casa do Professor, Cineclube Amazonas Douro, WFK-Direitos Humanos, Multifário Arte, com patrocínio do Governo do Pará, por meio da Lei Semear da Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves, Prêmio Preamar da Secretaria de Estado da Cultura.
Serviço:
VIII Festival Internacional de Cinema do Caeté
Data: De 8 a 10 de dezembro
Cidades: Belém, Bragança e Cidade do Porto
PROGRAMAÇÃO OFICIAL 2022 - VIII FICCA
BRAGANÇA DO PARÁ
8 DE DEZEMBRO
Teatro do Liceu de Música da UEPA
16h30 – Abertura
16h35 – Execução do Hino do Brasil e do Pará
16h40 – Hino de Bragança à capela, por Evandro Mesquita
16h45 – Declamação poética por Manoel Ramos
17h50 - Composição da Mesa de Abertura
Roseti Araujo (ARQUIA), Evandro Medeiros (CineFront), Ivan Oliveira (Curta Carajás), Francisco Weyl (Diretor do FICCA), Beto Amorim (Projeto Aluno Repórter) + UFPA / IFPA / ALB-Bragança / Prefeitura-Seculd
17h30 - Conferência de abertura
Cinema e poder: o feminino na Amazônia (Professora Doutora Luzia Miranda Álvares)
19h –Deslocamento em Cortejo até o Mercado Municipal de Bragança
19h20 – Jantar e Convívio Poético-Musical
Cozinheira: Bacana
22h – Encerramento
9 DE DEZEMBRO
9h às 16h - Sessões competitivas
IFPa / UFPa – Bragança
9h às 17h - Oficinas de arte e de Cinema de Guerrilha Escola Domingos de Souza Melo, Vila Bonifácio, Ajuruteua (Mateus Moura / Marta Ferreira / Roberta Mártires)
Escola Américo Pinheiro de Brito / Quilombo do América (Carol Magno / Rosilene Cordeiro/ Artsimpsom)
19h - Projeção
Praça da Bandeira, Bragança
10 DE DEZEMBRO
9h às 12h - Fórum Audiovisual Caeté-Amazônia (Faca)
Centro Cultural Cineclube Casa do Professor – Praia de Ajuruteua
PARTICIPAÇÃO:
Evandro Medeiros (CineFront), Ivan Oliveira (Curta Carajás), Francisco Weyl (Diretor do FICCA), Dani Franco (Jornalista/Produtora), Afonso Gallindo (Produtor e Realizador), Mateus Moura (Realizador), Marta Ferreira (Professora de arte), Roberta Mártires (Artista visual), Carol Magno (Pesquisadora e escritora), Rosilene Cordeiro (Realizadora e atriz), Artsimpsom (Artista visual), Wellingta Macedo (Jornalista e atriz), Marcelo Rodrigues (Realizador), Clei Souza (escritor), Beto Amorim (Radialista), Pedro Olaia (Realizador), San Marcelo (Realizador), Roseti Araujo (ARQUIA), Larissa Medeiros (Musicista e educadora popular), Cuité (Mestre e educador popular), Ana Fabem (Pesquisadora e performer).
18h
Anúncio dos vencedores do VIII FICCA
Leitura da Carta do Fórum Audiovisual Amazônia-Caeté
Projeção na praia de Ajuruteua, Bragança
20h – Mística de encerramento
PROGRAMAÇÃO - BELÉM DO PARÁ
Cine Teatro Líbero Luxardo
8 de Dezembro - 16h30
Transmissão da programação de ABERTURA Bragança
18h - Encerramento
9 de Dezembro - 14h
Sessões competitivas
19h - Encerramento
De 10 a 14 de DEZEMBRO
14h - Mostra Sérgio Santeiro e a defesa do cinema brasileiro
15h - Mostra O Cinema Invisível de Vicente Cecim
16h - Mostra O EXERCITO e o exercício cinematográfico de Ana Tinoco (Portugal)
17 - Exibição de filmes premiados pelo VIII FICCA
19h – Encerramento