Festival Internacional apresenta produções cinematográficas etnográficas
A programação ainda terá homenagens, mostras competitivas, mesas redondas, palestras, sessões de filmes especiais e estará disponível até quarta-feira, 26
O Festival Internacional de Filmes Etnográficos do Pará realiza desde o último dia 20 a 4ª edição do evento, no Cine Líbero Luxardo e na Casa das Artes, com entrada gratuita. Aos amantes da sétima arte, a programação ainda terá homenagens, mostras competitivas, mesas redondas, palestras, sessões de filmes especiais e estará disponível até quarta-feira, 26.
O antropólogo e sociólogo, Alessandro Campos, é o realizador do evento e conta que esta edição já é muito especial, pois ao longo dos anos o projeto teve um crescimento. "Realmente se tornando uma tradição na cidade. O público está comparecendo de uma maneira muito boa, quase todas as sessões estão lotadas", disse.
Alessandro também celebra o diferencial deste ano, já que é a primeira vez que recebem um volume maior de filmes internacionais e, de fato, assumiu a característica de Festival Internacional. "Agora ela cumpre algumas exigências como parcerias com entidades e festivais de outros países e a efetivação em receber filmes da América Latina e de todo o mundo. Então realmente ele se torna internacional nesta edição. Está sendo fantástica essa edição, sem dúvida a maior e melhor até agora, sobretudo pelo público", destacou.
O organizador destaca os convidados deste ano, nomes como: Vincent Carelli, Ailton Krenak, Jorge Bodanzky, Takumã Kuikuro, Renato Athias e Emílio Domingos e menciona o número de inscrições para as premiações. "Foram escolhidos com muito carinho, são pessoas com grande respaldo e experiência no audiovisual e na produção de filmes etnográficos. Recebemos 240 filmes para o Prêmio 'Jean Rouch' e 65 para o Prêmio 'Divino Tserewahú' para cinema indígena. Fora as sessões especiais como a de Jorge Bodanzky, Adriana Dutra e do Divino Tserewahú, nós estamos exibindo 57 filmes no total dos dois prêmios", arguiu.
Os filmes inscritos gratuitamente, passaram por uma curadoria, afirmou Alessandro que também contou que depois foi feita a seleção para a "Mostra Competitiva" e, finalmente, enviada aos jurados. "O júri oficial do Prêmio 'Jean Rouch' é composto por Emílio Domingos e Milena Monfrendini que são os presidentes, José da Silva Ribeiro, David MacDougall. No Prêmio 'Divino Tserewahu' o presidente do júri é Renato Athias, composto pelo próprio Divino, por Ailton Krenak, Takumã Kuikuro, André Lopes e Amália Cordova", esclareceu.
"Cada mostra competitiva tem seu júri próprio, de onde é escolhido melhor curta, média e longa metragem. Lembrando que esse ano temos o Prêmio 'Patrícia Montemor', que infelizmente faleceu esse ano e que foi nossa homenageada ano passado. Esse se tornou um prêmio oficial e permanente no festival, onde o filme premiado será o que mais se aproxima do que ela trabalhava, que era cultura popular', completou destacando.
Alessandro reforça o convite, as sessões são abertas ao público. O interesse, segundo o organizador, é a formação de plateia, então, todos são bem-vindos. "Inserir o público nesse tipo de produção específica, que são os filmes etnográficos que se aproximam dos bons documentários. Quando digo bons documentários são aqueles que realmente contribuem para uma visão não etnocêntrica e não preconceituosa do outro, ou seja, da outra cultura, etnia e da outra pessoa que não vive ou pensa o mesmo que eu", apontou.
Serviço
Evento: Festival Internacional de Filmes Etnográficos do Pará
Data: até quarta, 26
Local: Cine Líbero Luxardo e na Casa das Artes
Entrada: Gratuita
Mais informações: @festivaldopara
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