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Festivais Amazônia Mapping e Se Rasgum serão representados em ocupação artística no Rio

O evento “Futuração - Festivais navegando todos os sentidos”, promovido pelo Centro Cultural Oi Futuro, reúne festivais de diversas regiões do Brasi, incluindo festivais e artistas paraenses.

Enize Vidigal

O Centro Cultural Oi Futuro completa 18 anos, no Rio de Janeiro. A data é celebrada com uma nova marca, “Futuros - Arte e Tecnologia”, e com a ocupação artística “Futuração - Festivais navegando todos os sentidos”, que vai apresentar ao público, de 14 e 30 deste mês, a multiplicidade de linguagens de oito festivais das regiões Norte, Nordeste, Sul e Centro-Oeste, incluindo os festivais Amazônia Mapping e Se Rasgum, do Pará.

A ocupação assume o perfil de manifesto para expressar como a arte pode contribuir para a construção de novos futuros e como os festivais são agentes contemporâneos de mobilização social. Será possível observar no evento obras de artistas contemporâneos da Amazônia, como os paraenses Astigma VJ, Evna Moura, Pv Dias, Rafa Bqueer, Roberta Carvalho, além da indígena paraense radicada em Belém, Márcia Kambeba, e da drag queen paraense que mora no Amazonas, Uýra Sodoma.

“O Amazônia Mapping vai levar para essa ocupação uma instalação imersiva com projeções e diversos trabalhos de artista visuais e musicais que passaram pelo festival, como Nelson D, DJ Méury e Aíla”, explica Roberta Carvalho, da direção do Amazônia Mapping.

Esse festival acontece desde 2013 e se propõe a valorizar artistas do Norte promovendo o intercâmbio com profissionais de outros estados brasileiros. Roberta assina a concepção do Amazônia Mapping no Futuração e divide a direção artística com a cantora Aíla.

Já o Se Rasgum, sedeado em Belém, se consolidou em 17 edições como um dos mais importantes festivais do país ao conectar a música da Região Norte com o Brasil e o mundo. Esse festival se junta ao LabVerde, com quem realizou o LabSonora, uma residência artística de imersão na Amazônia, em 2021.

A mostra dos trabalhos do LabSonora vai se chamar “Cabeças Sonoras”.

Entre os artistas participantes, estão os cantores Reiner e Layse (Layse e Os Sinceros, ex-Farofa Tropikal). “Cada artista apresentou um trabalho. Eu apresentei a poesia cantada ‘No Coração do Mundo’, que escrevi inspirada na observação sobre a maior árvore da Amazônia, a Samaúma, observa a floresta e na correlação dos encantos com a natureza”, recorda Layse.

Os outros festivais que estarão no Futuração são LabVerde (AM), Radioca (BA), Novíssimos (BA), Favela Sounds (DF), Latinidades (DF), MATE (RS) e Morrostock (RS). Há 20 anos, por meio do Programa Oi de Patrocínios Culturais Incentivados, o instituto Oi Futuro tem investido em festivais pelo Brasil. 

Seminário

Construído em tom de manifesto, o Futuração promoverá também um seminário de abertura aberto ao público, das 10h às 19h30, no teatro do centro cultural. Nas cinco mesas compostas por participantes do Futuração serão debatidos o formato do festival, a produção colaborativa, a descentralização da curadoria e o trabalho através de políticas públicas conjuntas, além das temáticas levantadas pelas exposições. Participarão representantes do Amazônia Mapping e do Se Rasgum para refletir sobre a situação artístico-político-social dos territórios amazônidas. 

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