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Fernanda Montenegro completa 95 anos na quarta (16) e ganha 'Tributo', da Globo, na quinta (17)

Atriz carioca é referência para gerações e se notabilizou em atuações no teatro, na TV e no cinema

O Liberal

Um ícone da cultura brasileira nas artes cênicas, ou seja, um nome histórico no teatro, na TV e no cinema, a atriz e escritora Fernanda Montenegro (Arlette Pinheiro Monteiro Torres) completará 95 anos na próxima quarta-feira, dia 16, e no dia seguinte, na quinta, dia 17, a Rede Globo exibirá o programa "Tributo", em formato de documentário para celebrar a trajetória de mais de 70 anos dessa artista. O público vai poder conferir o programa logo após a novela "Mania de Você", de acordo com a divulgação feita pela emissora nas redes sociais. Fernanda revelará aspectos curiosos da vida pessoal e profisisonal.

Dessa forma, o "Tributo" em homenagem à Fernanda Montenegro apresenta-se como uma oportunidade válida para os admiradores do trabalho dessa atriz relembrarem as grandes atuações dela ao longo da carreira e ainda para que as novas gerações tenham acesso a um conjunto de informações e imagens convidativos a que conheçam de perto esse grande talento nacional. Fernanda Montenegro é carioca. Ela nasceu em um bairro de Campinho, no subúrbio do Rio de Janeiro, em 16 de outubro de 1929. Fernanda iniciou a carreira na TV Globo, onde ganhou notoriedade nacional, no ano da criação da rede televisiva, em 1965, participando da série de teleteatro 4 no Teatro.

A estreia de Fernanda em peças de teatro aconteceu em 1950, ao lado do marido Fernando Torres. Fernanda Montenegro foi a primeira contratada da TV Tupi, em 1951, participando de cerca de 80 de peças ao longo de dois anos. E em 1963 entrou para a TV Rio. Nessa emissora, ela atuou nas novelas "Amor Não é Amor" e "A Morte Sem Espelho", escritas por Nelson Rodrigues.

Atuante

A personagem Sílvia Toledo Fernandes, da novela "Baila Comigo", foi escrita especialmente para Fernanda por Manoel Carlos. Essa novela marcou o começo da carreira de Fernanda Montenegro nas produções audiovisuais da TV Globo, além de ter sido seu primeiro maior sucesso na teledramaturgia. A atriz participou de mais de 40 novelas na emissora, além de seriados e minisséries.

Ao longo da carreira, Fernanda Montenegro consagrou-se perante o público e a crítica por meio de atuações magistrais. São alguns exemplos desses trabalhos os papéis da atriz como o de Nossa Senhora em "O Auto da Compadecida"; como Dora no filme "Central do Brasil", de Walter Salles. Essa produção rendeu a indicação ao Oscar de Melhor Atriz em 1999, com Fernanda ao lado de nomes como Cate Blanchett, Maryl Streep, Emily Watson e Gwyneth Paltrow — a ganhadora da noite.

Esbanjando talento, Fernanda Montenegro ganhou o Emmy de melhor atriz pela atuação na série "Doce de mãe" em 2013. Na trama, Picucha — personagem de Fernanda Montenegro — decide morar em uma casa geriátrica, onde faz novos amigos.

Na APL

Em 2022, Fernanda Montenegro tomou posse como imortal pela Academia Brasileira de Letras (ABL). "Sou uma incansável autodidata. Sou atriz. Venho desta mítica arte arcaica e eterna. Atores, cenógrafos, dramaturgos. Somos uma raça indestrutível", afirmou Fernanda durante discurso. "Somos amorais. Para muitos, ainda somos marginais. Nenhum pai e mãe aceitam um filho, muito menos uma filha, optarem pelo palco. Amadoramente, sim, mas não como profissão", completou.

A atriz participa, em 2024, de mais uma produção elogiada pela crítica: o filme "Ainda Estou Aqui". O longa representa o Brasil na disputa por uma vaga no Oscar 2025. Fernanda Montenegro faz o papel de Eunice Paiva, que está em busca pelo marido exilado durante a ditadura militar. O filme biográfico também conta com Fernanda Torres, filha de Fernanda Montenegro, e Selton Mello.

A paixão de Fernanda pela arte, pela família e pelo eterno companheiro, o também ator Fernando Torres, falecido em 2008, será abordada de forma muito carinhosa, no episódio de "Tributo" nesta quinta-feira, dia 17.

Maratona

No dia em que Fernanda Montenegro completará 95 anos (nesta quarta-feira, dia 16), o Canal Brasil vai exibir 16 longas e um curta-metragem, ou seja, uma maratona de filmes com mais de 24 horas de programação dedicada a essa atriz com mais de 70 anos de carreira. A programação começará à 0h de quarta. Desse modo, serão exibidos os longa-metragens: "Central do Brasil", de Walter Salles; "Casa de Areia", de Andrucha Waddington; "Piedade", de Cláudio Assis; "Veja Esta Canção", de Cacá Diegues; "Minha Namorada", de Zelito Viana e Armando Costa; "Gêmeas", de Andrucha Waddington; "O Que é Isso, Companheiro?", de Bruno Barreto; "Infância", de Domingos Oliveira; "A Hora da Estrela", de Suzana Amaral; "Eles Não Usam Black-Tie", de Leon Hirszman; "Redentor", de Cláudio Torres.

Serão também exibidos: "O Auto da Compadecida", de Guel Arraes; "A Vida Invisível", de Karim Aïnouz; "Tudo Bem", de Arnaldo Jabor; "Traição", de Arthur Fontes, Cláudio Torres e José Henrique Fonseca; "Boa Sorte", de Carolina Jabor; e o curta-metragem "A Dama do Estácio", de Eduardo Ades. No Canal Brasil, também será exibida uma entrevista da atriz em edição especial do Cinejornal.

Na abertura da maratona, o público vai poder preparar a pipoca para conferir o clássico “Central do Brasil”, de Walter Salles. Nesse longa, Dora (Fernanda Montenegro) trabalha escrevendo cartas para analfabetos na Central do Brasil. Lá, encontra Josué (Vinícius de Oliveira). Ele perdeu sua mãe recentemente e está em busca de seu pai. Dora se envolve com sua história e os dois partem em busca dele. 

Cultura