Fábio de Mello morreu: confusão de nomes entre coreógrafo e padre cresce nas redes sociais
Entenda a confusão e conheça o legado do artista que revolucionou as comissões de frente.
A notícia do falecimento de Fábio de Mello, coreógrafo influente no Carnaval brasileiro, gerou comoção e uma grande confusão nas redes sociais na última terça-feira (28). Muitos internautas associaram o nome ao do padre Fábio de Melo, causando um mal-entendido que se espalhou rapidamente. No entanto, trata-se de duas personalidades distintas: o padre está vivo, enquanto o artista, que revolucionou as comissões de frente das escolas de samba, faleceu aos 61 anos.
Fábio de Mello, o coreógrafo, era uma figura icônica no mundo do samba e deixou um legado marcante no Carnaval carioca. Ele foi responsável por transformar as comissões de frente nos anos 1990, especialmente na escola de samba Imperatriz Leopoldinense, com a qual conquistou cinco títulos (1994, 1995, 1999, 2000 e 2001). Sua formação no Conservatório de Amsterdã, na Holanda, e sua visão artística única o consolidaram como um dos grandes nomes da cultura brasileira.
O artista enfrentava a Síndrome de Guillain-Barré, uma condição rara que causa fraqueza muscular progressiva. Sua morte trouxe tristeza ao meio artístico e às comunidades do samba, que o reconhecem como um dos pilares da evolução do Carnaval moderno.
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Confusão com o padre Fábio de Melo
A semelhança entre os nomes dos dois Fabios gerou a confusão. Enquanto o coreógrafo assinava "Mello" (com duas letras L), o padre utiliza "Melo" (apenas um L). O equívoco levou muitos fãs do padre a se preocuparem, já que ele já havia aberto publicamente sobre suas lutas contra a depressão.
Recentemente, em uma apresentação, o padre Fábio de Melo revelou que já esteve "à beira do abismo" e que, em momentos críticos, teve "a vontade de deixar de viver". Ele se descreve como um "ser melancólico" e tem sido vocal sobre a importância de cuidar da saúde mental.
Legado de Fábio de Mello no Carnaval
A Imperatriz Leopoldinense, escola onde Fábio de Mello deixou sua marca, foi uma das primeiras a confirmar o falecimento e a homenagear o artista. Seu trabalho inovador nas comissões de frente elevou o padrão das apresentações no Sambódromo, influenciando gerações de coreógrafos e dançarinos.