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Exposição que revive história do jornalismo impresso de Belém entra em última semana

'Belém Viva Belém - Memórias do Nosso Jornalismo Impresso' ocupa o Castanheira Shopping até o dia 31 de janeiro

Lucas Costa/ O Liberal
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A exposição “Belém Viva Belém” chega a sua última semana de visitação no Castanheira Shopping. A mostra, que homenageia o aniversário de 406 da capital paraense, este ano traz como tema “Memórias do Nosso Jornalismo Impresso”, colocando em evidência jornais e revistas que circularam em Belém durante os séculos XIX e XX, além de homenagear os jornalistas Romulo Maiorana e Paulo Maranhão. A exposição fica aberta até o dia 31 de janeiro.

Nos últimos dias da exposição, um passeio em família acabou virando também uma viagem pela história. O consultor de vendas Yurí Oliveira, 47, visitava a exposição junto da esposa e dos dois filhos, com quem pôde compartilhar suas lembranças por meio das matérias de jornais que fazem parte da exposição do Castanheira.

“Tem muita gente que não sabe o que aconteceu lá atrás, como eu estava mostrando para os meus filhos a história do navio Presidente Vargas. O nome da Avenida Presidente Vargas foi em memória dele, porque saía ali da escadinha. Então para quem não sabe, é uma boa coisa pra pessoa vir olhar”, destaca Yurí.

A história do navio Presidente Vargas é apenas uma das destacadas na mostra. Lá, o recorte de uma matéria de O Liberal, conta: “A misteriosa história de um navio feito na Europa, de luxo nunca visto no norte do Brasil, poltronas de ouro, ar condicionado, com capacidade para 500 passageiros que antes de naufragar, permitiu que todos os passageiros desembarcassem, tranquilamente no cais, e depois afundou, em uma história conhecida como Titanic da Amazônia”.

“É a vida do jornal, como começou”, destaca a comerciária Mariele Oliveira, 46, esposa de Yurí. “É interessante mostrar para os nossos filhos hoje, que eles não sabem. É importante, é bonito”, continua ela, que se impressionou com reproduções de jornais já fora de circulação, como O Diário de Notícias e A Província.

image Yan Guilherme, Yurí Oliveira, Marilene Oliveira e Yasmin Oliveira em visita à exposição (Márcio Nagano/ O Liberal)

Outra coisa que chamou a atenção da família foram as máquinas de datilografia, ou máquinas de escrever - uma das principais ferramentas de jornalistas muito antes da chegada dos teclados de computadores e da internet. A mostra do Castanheira conta uma série delas, de marcas diferentes e fabricadas em países distintos.

“Eu aprendi datilografia nessas máquinas. Tinha curso disso aí, aprendi numa dessas aqui”, diz Yurí, apontando para um dos modelos. “Eu tinha o curso de datilografia, que depois virou curso de computação”, relembrou também Marilene.

Yan Guilherme, 10, filho mais novo do casal - para quem provavelmente tudo ali era novidade, ficou encantado pelas máquinas. “Eu nunca tinha visto esse tipo de máquina, de vez em quando eu só estudo pelo computador”, disse, admirado. Questionado se imaginava como elas funcionavam, respondeu: “Não tenho ideia”.

A estudante Sarah Reis, de apenas 13 anos, também teve o interesse despertado pela exposição durante sua visita ao shopping. “Achei curioso porque é bem antigo. É bem legal, porque como estou tendo contato com uma coisa antiga, estou tendo conhecimento da história, então acho muito interessante”, destacou a estudante.

Duzentos anos de jornalismo revisitado

Sob curadoria da professora Rosa Arraes, a exposição “Memórias do Nosso Jornalismo Impresso”, faz um passeio pela vida das publicações que ajudaram a contar a história de Belém por meio de seus noticiários e charges.

A mostra apresenta ainda uma homenagem a Romulo Maiorana, no ano de seu centenário. Ele, que nasceu em 20 de outubro de 1922, na cidade de Recife (PE), é celebrado por ter sido um dos mais importantes empreendedores da comunicação no Pará, e particularmente em Belém. O jornalista Paulo Maranhão, que escrevia na Folha do Norte e chegou a ser considerado o jornalista mais antigo do mundo em atuação, também é homenageado na exposição. Ele faria 150 anos em 2022.

image Painel homenageia história de Romulo Maiorana e Paulo Maranhão (Márcio Nagano/ O Liberal)

“Memórias do Nosso Jornalismo Impresso” apresenta ainda uma série também notícias que foram de grande importância ao longo de duzentos anos, nas áreas de educação, ciência, política, arte, meio ambiente, cidades, sociedade e economia.

Na mostra, o público pode conhecer ainda as primeiras edições dos 20 periódicos mais duradouros da cidade. “Nesses 200 anos vimos muitos jornais, e escolhemos os mais duradouros, que tiveram pelo menos oito anos. São mais de 700 jornais, e precisávamos de um critério para delimitar apenas alguns desses”, justifica a curadora Rosa Arraes.

A exposição “Belém Viva Belém - Memórias do Nosso Jornalismo Impresso” ocupa os pisos 2 e 3 do Castanheira Shopping (Rodovia BR-316, Km 01 - Castanheira), e pode ser visitada gratuitamente até a próxima segunda-feira, 31. O horário é o mesmo de funcionamento do shopping: de segunda a sábado, das 10h às 22h; e aos domingos, das 14h às 22h

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