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Exposição de fantasias apoia o combate ao trabalho infantil

Doze das 15 peças da Escola de Samba da Matinha poderão ser vistas pelo público no shopping Castanheira a partir de segunda

Bruna Lima

Fantasias da Escola de Samba da Matinha que abordam formas de exploração da mão de obra infantil e também sobre os direitos de crianças e adolescentes estarão expostas no Shopping Castanheira, a partir de segunda-feira (11). Doze peças das 15 alas da escola de samba poderão ser vistas na praça central, 1º piso, no horário de funcionamento do estabelecimento até dia 21 de fevereiro.

O trabalho de criação foi realizado de forma conjunta entre os integrantes da escola e os membros da Comissão de Combate ao Trabalho Infantil e de Estímulo à Aprendizagem do Tribunal Regional do Trabalho (TRT8). Essa parceria é resultado do projeto "Ninho da Coruja, a Criança e o Adolescente têm Direito de Sonhar", que encerra nesse período de carnaval.

"Ninho da Coruja" tem por objetivo conscientizar o bairro de Fátima a cerca do trabalho infantil e os males que trazem para a sociedade. "Há uma série de fatores que precisam ser tratados para enfrentar essa situação. E falar do trabalho infantil por meio do carnaval é algo muito positivo. O lugar da criança é na escola, é brincando", disse Vanilza Malcher, que é Gestora Regional do Programa de Combate ao Trabalho Infantil, juntamente com a desembargadora Zuíla Dutra, Gestora Nacional do Programa de Combate ao Trabalho Infantil e de estímulo à Aprendizagem da Justiça do Trabalho.

Das 15 alas da escola, 13 vão mostrar o universo de exploração e direitos das crianças e adolescentes. Na ala das baianas, por exemplo, serão mostradas as abayomis, que são bonecas negras africanas feitas de retalhos que serviam para entreter as crianças que vinham no navio negreiro.

As mães cortavam suas saias para fazer as bonecas para os filhos e com o passar do tempo essas bonecas passaram a ter símbolo de proteção, carinho e resistência. E por se tratar de bonecas de retalhos, as fantasias são coloridas e cada uma de estampa diferente.

"A atuação da comissão de combate ao trabalho infantil do TRT foi direta na criação das fantasias juntamente aos diretores de carnaval e os carnavalescos. Nós opinamos em todos os itens, pois estamos levando para a avenida um tema que dominamos e que estamos na luta desde 2014", diz a juíza Vanilza Malcher.

O carnavalesco e figurinista da Escola de Samba da Matinha, Junior Manzzini, é um dos criadores nesse processo. Ele disse que a comissão do TRT trouxe a temática para a escola e, a partir disso, foi criado o material. "Na verdade, a equipe do tribunal sonhou, idealizou e nós confeccionamos", pontuou o carnavalesco.

Com os recursos limitados, o canavalesco pensou nas fantasias usando materiais mais baratos e acessíveis como cetim, papel metaloide e EVA com gliter. " Meu grupo criou seis fantasias e todas dentro desse universo de proteção às crianças e adolescentes. Todas as alas estão lindas", acrescentou. As fantasias já estão prontas e quem tiver interesse em comprar basta procurar a escola, no bairro de Fátima. O valor é de R$ 120,00.

Serviço:
Exposição de fantasias
Local: 1º piso shopping Castanheira
Data: 11 a 21 de fevereiro
Horário de funcionamento do shopping

Cultura