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Em entrevista ao 'Mangueirosamente' Celso Sabadin fala sobre cinema e critica forma como streamings

No bate-papo conduzido pelo jornalista Ismaelino Pinto, o crítico expressou suas preocupações com a crítica profissional de cinema

Bruno Menezes | Especial para O Liberal

Na próxima sexta-feira (02), vai ao ar mais um episódio do programa "Mangueirosamente", trazendo um bate-papo descontraído e informativo com o professor e crítico de cinema Celso Sabadin. Conhecido como um dos maiores profissionais do ramo, Sabadin escreveu para diversos veículos jornalísticos, incluindo O Estado de S. Paulo e Folha de S. Paulo.

Além de crítico, Sabadin é jornalista e Mestre em Comunicações. Atualmente, ele dá aulas de cinema para jovens que aspiram se tornar cineastas. Em entrevista ao jornalista Ismaelino Pinto, Celso falou sobre a crítica de cinema, a formação de novos profissionais na 7ª arte e as novas formas de consumir filmes na contemporaneidade.

Logo no início da entrevista, Sabadin expressou sua felicidade em compartilhar conhecimentos com jovens apaixonados por cinema. “É muito bom, é uma coisa gratificante poder falar de cinema com pessoal mais jovem, porque dou aula no ensino superior, para um curso que forma cineastas. O curso se chama Cinema e Audiovisual, e forma cineastas, mas muitos podem seguir para outras áreas, como roteiristas, direção de arte, montagem. Trocar ideia com a moçada é muito legal, porque eu aprendo muito também”, destaca o crítico.

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O papel do crítico de cinema

Sabadin mencionou que continua escrevendo críticas, embora em um formato mais pessoal. “As minhas críticas tão virando muito crônicas de cinema, em função de eu mesma pautar e escrever no meu próprio site, tem muitos filmes que eu prefiro fazer crônica, e eu procuro me obrigar a sempre estar escrevendo”, acrescentou.

Influencers e a crítica superficial

Quando questionado sobre a perda de espaço para a crítica profissional nos grandes veículos de mídia, Celso expressou preocupação com o crescimento dos influencers ocupando espaços de críticos, o que, em sua visão, empobrece a análise minuciosa dos filmes. “Com a internet tivemos um aumento no espaço para críticas, mas ele está perdendo muito em qualidade, em profundidade, a gente vive uma era muito superficial. Hoje você tem a figura do influencer, né? Eu não tenho nada contra o influencer, nada contra a pessoa que faz crítica na internet, mas o mercado acaba buscando muito a superficialidade rápida, esse é que é o problema e muitos influencers acabam entrando nessa linha de fazer uma matéria engraçadinha, para ter aqueles recebidinhos, vão ganhar brindes, lancheira, camiseta, e isso ta sendo um problema para a mídia de forma geral, porque isso não forma e nem informa a pessoa que gosta de cinema”, pontuou o crítico.

Algoritmos e o consumo de filmes

Celso Sabadin também falou sobre as produções cinematográficas feitas pelos streamings, destacando que os algoritmos dessas plataformas limitam a experiência dos verdadeiros amantes do cinema. “Você viu um filme qualquer, aí minutos depois já tem recomendação ‘se você gostou deste filme você vai gostar deste’. O algoritmo sempre vai te oferecer mais do mesmo, eu acho ele muito limitante, ele vai pela coisa do mercado. ‘Olha, temos aqui um consumidor de comédias românticas, vamos entupi-lo de comédias românticas’, então eu acho isso muito negativo”, explica.

A persistência do cinema

Mesmo com a queda de público nas salas de cinema, Celso acredita que o cinema jamais morrerá, pois é um evento social que transcende o ato de assistir a um filme. “Nós estamos num momento meio complicado, porque tivemos a pandemia que afastou muita gente do cinema, mas a boa notícia é que houve uma retomada de 2021, 2022, e ela tem sido muito rápida. Desde que existe televisão, as pessoas falam que o cinema acabou. Quando chegou o videocassete diziam que o cinema acabou, aí chegou o DVD ‘agora o cinema acabou’, e não acaba porque ele tem uma coisa que o streaming não tem: a sociabilidade. Não é só ir assistir a um filme, é ver um filme com alguém. Nada supera uma experiência de você ver numa sala com 200, 400 pessoas rindo junto, se espantando junto, com uma tela e projeção bem-feitas. Então não é uma questão de onde você vai ver o filme, é uma questão de com quem você quer ver o filme, e é por isso que o cinema nunca morre, porque ele é uma experiência social”, pontuou o crítico de cinema.

A entrevista completa com o crítico de cinema Celso Sabadin estará disponível no episódio 40 do "Mangueirosamente", que vai ao ar na próxima sexta-feira (02), apenas no portal OLiberal.com.

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