Diego Vattos apresenta espetáculo ‘Eu Sou Tambor’ no Teatro Waldemar Henrique

As apresentações vão ocorrer dos dias 29 a 31 de agosto, sempre às 19h30, com ingresso no valor de ‘pague quanto puder’

Amanda Martins
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O ator e músico Diego Vattos levará ao palco do Teatro Waldemar Henrique, nesta quinta-feira ( 29/8), e nos dias 30 e 31 de agosto, às 19h30, o espetáculo “Eu Sou Tambor”. A apresentação acessível na Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) é uma imersão nas memórias e ancestralidade do artista, construída a partir de sua relação com o tambor e enriquecida pelas vivências de uma equipe multidisciplinar. O resultado é um desempenho solo que aproxima o público de suas próprias raízes ancestrais, proporcionando uma experiência sensorial e identitária, como mencionou o artista ao Grupo Liberal.

Espetáculo 'Eu sou tambor'

"Eu trago a vivência de ser ribeirinho para o palco no sentido que eu trate isso de forma efetiva, doo 'ser' ancestral, as nossas memórias e também as nossas percepções individuais de sensações visíveis e audíveis", afirmou o ator.

Segundo Diego, a dramaturgia da peça nasceu de suas lembranças pessoais associadas ao tambor, e das memórias afetivas de outros artistas que contribuíram para o espetáculo, como profissionais do teatro, canto, dança e percussão.

"Eu trago memória, eu trago história, eu trago ancestralidade, trago idade, eu trago saudade, eu trago poética, eu trago alegrias, eu trago verdade, né, e eu trago a vivência de ser ribeirinho para o palco", disse ao descrever o que o público verá no palco.

Os interessados em prestigiar o espetáculo podem comprar os ingressos na bilheteria do espaço no valor de ‘pague quanto puder’, dando liberdade ao espectador de escolher a contribuição financeira. A pré estreia do espetáculo foi realizada na última terça-feira, 27, para convidados especiais.

Em cena,  Vattos desconstrói sua ligação com o tambor, revelando aspectos de sua identidade como caboclo, ribeirinho e amazônida. Ele explora os sons da natureza, que se transformam em música, e descobre o tambor como um instrumento musical que ressoa, primeiramente, dentro de si. A peça oferece uma reflexão sobre a conexão entre o ser humano e sua ancestralidade, destacando a importância do tambor nessa jornada.

Ele revelou que o público pode esperar uma experiência rica em nostalgia, alegria, cantos, gestualidade e uma profunda conexão com a ancestralidade. "Pode se perceber também no meu ancestral, o seu ancestral e o quanto ele foi importante para a sua vida e quanto ele é até hoje”, acrescentou o artista.

Revisitar suas memórias foi um desafio emocional para Diego, levando-o a explorar diferentes fases de sua vida, desde a infância até a velhice, relembrando as práticas de seus antepassados. Ele mencionou a mudança dos tempos e como as tradições de seus avós, como o uso da cuia, se perderam na era tecnológica, tornando-se quase incompreensíveis para as gerações mais jovens.

"Está tudo muito avançado e acaba sendo piegas,  quando a gente se fala da questão ancestral para os mais novos, que não entendem, só vão compreender quando estão adultos”, complementou.

Vattos também falou sobre a intensa preparação para o espetáculo durante um mês de residência artística no Teatro Waldemar Henrique. "A expectativa é muito grande, que o público possa adentrar na minha história, mas se perceber, através da minha história, a sua história com seus excessos atrás”, disse.

Diego também enfatizou a importância da acessibilidade no espetáculo, que inclui interpretação em Libras. Ele explicou que o espetáculo não segue um texto fixo ou um teatro convencional, mas é baseado em sensações, tornando a inclusão de Libras essencial para garantir que todos, incluindo as pessoas surdas, possam vivenciar plenamente a experiência.

 "A acessibilidade é sempre importante para qualquer área que houver da sociedade. É um direito que deve ser cumprido”, declarou.
O espetáculo conta com a direção de Mailson Soares, assessoria sonora cênica de Rodrigo Ethnos, produção de Yure Lee e Gabi Alcântara, iluminação de Malu Rabelo, cenografia de Teodoro Negrão, fotografia e audiovisual de Kleyton Silva, e acessibilidade em Libras  por Silvany Brasil.

“Eu Sou Tambor” é um projeto selecionado pelo Edital nº 08 de 2023, TAMBA-TAJÁ, promovido pelo Governo do Estado do Pará, por meio da Fundação Cultural do Estado do Pará (FCP) e da Diretoria de Interação Cultural (DIC).

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