Dia do Riso: humoristas paraenses usam temas da sua rotina para fazer rir
Liph Souza e Égua Manu compartilham assuntos comuns aos paraenses na produção dos seus conteúdos
O riso pode trazer muitos benefícios, de acordo com o artigo científico A Receita do Riso, publicado em 2016 no Jornal Americano de Medicina de Estilo de Vida, um grupo de voluntários assistiu a um vídeo engraçado e, ao final, o resultado dos exames mostrou uma redução considerável no nível de cortisol, conhecido como hormônio do estresse.
Se rir é o melhor remédio, neste 6 de novembro, conhecido como o Dia Nacional do Riso, listamos alguns paraenses que podem te ajudar a dar boas risadas. Com conteúdos regionalizados, Liph Souza e Égua Manu entregam conteúdos de humor dentro e fora da web.
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Há 5 anos trabalhando com humor, Liph Souza usa a sua rotina como morador de Marituba, Região Metropolitana de Belém, para trazer histórias cheias de personalidade. “Utilizo muito da observação do meu próprio cotidiano, penso em como levar isso para o palco, dos acontecimentos da minha vida que por si só já é engraçado, tento montar de uma forma mais engraçada pra levar para o palco”, conta.
Além dessa vivência, que muitas vezes é parecida com a do seu público, o humorista inclui ainda nos seus shows expressões e falas únicas e peculiares do paraense. “Tento incluir fazendo comparações com os vocabulários de fora e até estrangeiros”, explica.
Liph Souza vê como um grande desafio fazer rir, para além disso, ela classifica como algo bastante desafiador. Mas ele destaca, que além de encontrar essa barreira na sua trajetória, o fato de comparações com humoristas do eixo sul e sudeste, é um outro empecilho para o humorista paraense.
“Aqui no Estado o nosso maior desafio, é encontrar um público que paga o ingresso mais fica com olhar de ‘bora ver se é engraçado mesmo, quer se achar o Thiago Ventura, fulano de tal’, essas coisas”, avalia.
Égua Manu é a queridinha da web. Com mais de 90 mil seguidores no Instagram, ela usa do humor para contar histórias que ocorreram com pessoas do Pará. Dando apelidos para os personagens, ela explica com detalhes algum acontecimento.
“Eu vejo o que tá em alta. O que o povo tá comentando, quais são as besteiras que a gente está vendo por aí, vê as situações do cotidiano, às vezes tu sai na rua vê dois caras em uma moto e pronto, já tem conteúdo pra semana toda”, explica.
Há mais de 10 anos ela produz para a web, ela vem sempre se aperfeiçoando. O talento para fazer rir é uma das características dela, que garante que de uma besteira saem boas gargalhadas.
“É muito natural incluir as gírias do Pará nos meus vídeos. Mana, tu já viu um paraense abrir a boca sem falar um ‘égua’? Na maioria das vezes quando eu penso no roteiro ele já vem com as expressões, às vezes a gente encaixa algumas palavras pro texto ficar melhor. Mas o vocabulário paraense é minha marca, meu tempero, igual jambu no tacacá, entende? Sem isso, nem parece que é eu”, pontua.