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Delcley Machado comemora 35 anos de música com show na Ná Figueiredo nesta sexta (20)

Show "Celebração" reunirá parceiros desse compositor, músico e produtor a partir das horas

Eduardo Rocha

O músico, compositor e produtor paraense Delcley Machado chega aos 35 anos de carreira, consolidando uma obra refinada e que preza pela liberdade em experimentar sons, a fim de satisfazer tanto quem toca o instrumento como quem escuta as composições musicais. E para comemorar esse feito, o que não é pouca coisa, já que viver da produção de música instrumental no Brasil e no mundo não é tarefa fácil, Delcley reúne alguns de seus vários amigos para fazer o que mais gosta: tocar. A partir das horas desta sexta-feira (20), no espaço Ná Figueiredo, ele vai apresentar os show "Celebração". 

Quando Delcley tinha sete anos de idade, ele ganhou um cavaquinho. O  pai dele, Valdete Machado, era percussionista da orquestra da Rádio e TV Marajoara e também músico da Polícia Militar/Corpo de Bombeiros. Depois, do cavaquinho ele passou para a guitarra. Teve banda de rock. Delcley chegou a tocar com a banda Mosaico de Ravena. Na sequência, ele morou no Rio de Janeiro por dois anos, e foi na Cidade Maravilhosa que passou a se interessar por Bossa Nova, samba e jazz. "A partir daí, eu fiquei interessado na música instrumental e não larguei mais o osso", relembra o músico. 

Guitarra

Delcley Machado é apaixonado pelo som aveludado da guitarra de som mais fechado, diferente daquelas com som mais agudo, muito comuns em rock e pop rock. Ele lembra que quando começou a sentir esse som foi por meio de uma caixa amplificada antiga dele que tinha um eco. Delcley tirava os agudos no amplificador, e a guitarra era maciça, não uma semiacústica. Mas, o som ficava aveludado, sem o agudo. 

"Eu gostava daquela sonoridade e somente depois é que vim a conhecer um instrumento que tinha aquela sonoridade mesma, que não tinha que ter caixa, que não tinha que ter nada, a guitarra semiacústica", acrescenta. Esse músico não usa muitos efeitos em suas composições, preferindo o som mais limpo da guitarra. "O som aveludado é o melhor, o mais gostoso", reforça. 

Liberdade

A relação de Delcley com o jazz é referendada pela liberdade da improvisão no tocar o instrumento, no fazer música. E, como ele diz, a improvisação revela muito do estilo do músico. Pontua que tem que ter coragem para fazer música instrumental no Brasil e no mundo, diante de um público seletivo e menor mas interessado em assimilar nuances do processo de criação e da execução desse tipo de trabalho artístico.

Delcley Machado é autodidata e diz que viver de música é algo delicado, mas que entre os caminhos para o músico despontam: dar aulas em instituições de ensino, fazer gravações e tocar na noite. Ele segue em frente atua com o filho no estúdio Fluxo Estúdio e preza pela música autoral. 

Celebração

Assim, o mais recente trabalho de Delcley é com o músico Carlos Malta (que tocava com "bruxo" Hermeto Pascoal e já tocou com outras lendas do jazz). Para deleite em especial dos paraenses, o EP "Mokõi" ("dois" em Guarani), nas plataformas digitais, traz seis faixas, composições nada mais nada menos do inesquecível maestro Waldemar Henrique.

No show "Celebração", Delcley vai mostrar composições de seus três discos autorais: "Cordacesa" (2002), "Temporal" (2010) e "Ensolarando" (2020). O show conta com grandes músicos e amigos no palco. São eles: Jacinto Kahwage (piano), Davi Amorim (baixo), Leandro Machado (bateria), com participação de Príamo Brandão, Luiz Pardal, Fabrício Machado e Lucas Machado.

Serviço

Delcley Machado – Show Celebração - 35 anos de carreira
Data: 20 de setembro de 2024
Horário: 20h
Local: Na Figueredo (Belém, PA)
Ingressos: $15

 

 

 

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