Crias do Curro Velho destacam a importância do instituto em suas formações; veja
Conheça as histórias de sucesso de Pawer Martins e Léo Farias, os “Crias do Curro”

Administrado pela Fundação Cultural do Pará, o Curro Velho promove diversos projetos de iniciação artística através do Núcleo de Oficinas, que ao longo do ano oferece diversas atividades no bairro do Telégrafo, em Belém. Com 34 anos de existência, a instituição é responsável por apresentar o mundo das artes para milhares de crianças, chamadas de “Crias do Curro”. Dessa forma, os crias Pawer Martins, de 33 anos, e Léo Farias, de 10 anos, destacam como o Curro Velho transformou as suas vidas dentro do meio artístico cultural em Belém.
Diretor musical e jurado de bateria no Carnaval de Belém, Pawer Martins iniciou a sua vida artística no Curro Velho aos 13 anos, onde passou de “cria” para “criador”. Convidado para ser mestre de bateria-mirim aos 15 anos, Pawer recebeu o seu primeiro cachê artístico e comprou o primeiro aparelho de televisão para a sua casa, graças ao seu talento e seu esforço.
“Sempre morei nas pontes da Vila da Barca e não tínhamos uma TV em casa, então na primeira oportunidade, graças ao cachê do Curro Velho, eu pude dar uma de presente para minha mãe”, conta Pawer Martins.
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Atualmente, Pawer Martins vive exclusivamente da arte e da música, além de viajar pelo Brasil e pelo mundo em diversas oportunidades em que se apresentou artisticamente. Ele destaca a importância do Curro Velho na formação artística e social do instituto, ao longo de seus 34 anos. “O Curro Velho é fundamental e um lugar de tradição, não só para Belém, mas para todo o estado do Pará. É um espaço muito importante e que tem o trabalho de fazer ‘crias do Curro Velho’, além de preservar os nossos ritmos culturais e promover a criação audiovisual. Fora todo o trabalho social com crianças e adolescentes, gerando oportunidade para quem vive nas periferias”, ressalta o diretor musical.
Mudança de vida
Pawer relembra que durante a sua infância teve preconceito com o cenário artístico, mas que após ser convidado pelo irmão, encontrou no Curro Velho uma oportunidade de se aproximar da arte e descobrir o seu verdadeiro talento. A exemplo disso, Léo Farias, de 10 anos, é aluno do Curro Velho desde 2020 e já teve oportunidade de realizar diversos trabalhos no audiovisual paraense, como a participação especial na minissérie “Pssica", do escritor paraense Edyr Augusto, gravada em Belém no ano passado para a Netflix.
Com passagem por diversas casas de artes cênicas de Belém, como a Escola de Teatro e Dança da UFPA, Léo Farias atualmente é aluno do grupo de teatro da periferia de Belém “Coletivo de Teatro Cartase”, mas iniciou a sua trajetória nas oficinas de iniciação artística do Curro Velho. “Eu sou grato ao Curro Velho por ter me dado a oportunidade de conhecer o mundo das artes e aos meus pais e professores que sempre me apoiaram durante toda minha trajetória”, destaca o ator mirim, que já participou de outros dois projetos como o curta-metragem “Matriarcas da Amazônia” e a série “Meninos Negros”. Ambos os trabalhos estreiam neste ano.
(*Gustavo Vilhena, estagiário de Jornalismo, sob supervisão de Abílio Dantas, coordenador do núcleo de Cultura)
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