Coletivo CHIBÉ abre inscrições para circuito formativo gratuito em Icoaraci

Conhecido por promover programações culturais em Icoaraci, o coletivo CHIBÉ abre inscrições para o “I Circuito Formativo Turístico e Cultural de Icoaraci”, iniciativa que vai selecionar jovens entre 15 e 30 anos para se tornarem guardiões do território. As inscrições são gratuitas e ocorrem até o dia 15 de abril via Instragram do projeto e a formação ocorrerá nos dias 26 e 27 de abril.

Para além do circuito de formação, o coletivo também lança um projeto inédito: A “Rota Ancestral – Movimentando o Ecoturismo em Icoaraci”. Veja a seguir mais informações sobre o projeto.

O Circuito Formativo

A programação do "I Circuito Formativo Turístico e Cultural de Icoaraci" irá promover vivências práticas com mestres e mestras locais das olarias, como Auda Piani, Maynara Santana e Mestre Guilherme, referências nos saberes tradicionais do barro e da cerâmica, além de oficinas de educação ambiental, patrimonial e de educomunicação territorial. Ao todo serão selecionadas 10 pessoas a partir de alguns critérios como: carta de motivação, vínculo com Icoaraci e faixa etária. Os nomes dos participantes serão divulgados no dia 20 de abril. 

Tay Silva, idealizadora e gestora executiva do projeto, explicou a ideia que permeia o circuito:

" A ideia nesse circuito é fazer com que essas formações aconteçam de forma interligada, conectando saberes tanto de espaços educacionais quanto culturais de Icoaraci, mas também aprendendo com os nossos mestres e mestres da cerâmica do Paracuri em Icoaraci também. Então a ideia é fazer uma imersão nesses saberes ancestrais do território e como que a gente consegue, a partir dessa imersão formativa, criar uma rota turística de Icoaraci", disse.

Durante os encontros, os inscritos selecionados terão vivências em espaços importantes para a cultura icoaraciense, como o espaço Na Casa do Artista e a olaria e loja Cerâmica Família Santana. O processo formativo do coletivo CHIBÉ  também vai aprofundar reflexões sobre bioeconomia, sustentabilidade e identidade amazônida. A proposta é formar novos multiplicadores dos saberes ancestrais, que valorizem a memória local do território de Icoaraci. 

A "Roda Acenstral Movimentando o Ecoturismo em Icoaraci”

O projeto terá a realização de sua primeira edição em maio e contará com um percurso turístico-cultural feito de forma inédita e voltado à valorização da memória, cultura e ancestralidade do distrito de Icoaraci. A ideia de criar uma Roda Ancestral surgiu a partir da parceria que o coletivo CHIBÉ teve no ano de 2024 com o EcoMuseu de Belém, no contexto das Olarias localizadas na área do Paracuri. A partir daí veio a necessidade de uma iniciativa que pudesse a  valorizar os saberes locais. 

Tay Silva falou mais detalhes sobre a idealização da Roda Ancestral

"Surgiu de uma parceria que a gente fez no ano passado, em 2024, com o Eco-Museu de Belém, na criação do primeiro roteiro geoturístico de Icoaraci, que focou muito no Paracuri, nas olarias, nos mestres da cerâmica. Ficamos muito inspiradas com esse movimento, entendendo a importância dele, [...] que é o fazer cultural, fazer ancestral, fazer da pesquisa também, e aí nasce a Rota Ancestral, nesse movimento de juntar um pouco de tudo, beber muito desses saberes ancestrais, mas também criar uma rota geoturística em Icoaraci", contou.

De forma completamente gratuita, serão abertas 30 vagas para a Roda Ancestral, voltada a quem deseja conhecer de perto as raízes culturais e históricas do distrito.

Sobre o serviço

A Rota Ancestral é realizada pelo coletivo CHIBÉ, organização de impacto cultural, socioambiental e climático com sede em Icoaraci, que atua fortalecendo a identidade e o senso de pertencimento de comunidades periféricas e tradicionais da Amazônia. O projeto conta com patrocínio do programa RE-FARM CRIA CORAÇÃO DA FLORESTA, iniciativa da FARM RIO e Instituto Regatão, que apoia projetos liderados por juventudes amazônidas.

Inscrições gratuitas no link de formulário disponível no Instragam do Projeto (@__chibe) até o dia 15 de abril.

Gabrielle Borges, estagiária de jornalismo, sob supervisão de Heloá Canali