Claro que é Rock: Frejat volta a Belém com tesão pelos palcos e repertório de sucessos
O cantor e guitarrista Frejat promete um show dançante para fãs de todas as gerações no festival Claro que é Rock
Para o cantor e compositor Roberto Frejat o tempo é um amigo e um aliado. Aos 61 anos de idade, comemorados no último dia 21 de maio, e 40 de trajetória artística, o passar dos anos têm confirmado a força do repertório autoral que ele e seus companheiros de geração do rock brasileiro dos anos 80 do século 20 criaram ao longo das quatro últimas décadas. Nesta sexta-feira, 2, o músico sobe ao palco do Hangar Centro de Convenções, em Belém, para apresentar o show Frejat Ao Vivo no festival Claro que é Rock. Os Paralamas do Sucesso, banda ícone no Brasil, também faz parte das atrações, assim como os artistas paraenses Inesita, Kikito e Malu Gadelha.
Em circulação atualmente com dois formatos distintos de show, Frejat Ao Vivo e Frejat Trio, o compositor destaca que a formação e a seleção de canções que chega agora a Belém seguem a tradição da maioria dos shows assistidos pelos fãs. Enquanto Frejat Trio foi pensado mais recentemente e parte de uma proposta intimista, com apenas três músicos no palco e poucos instrumentos executando os arranjos, Frejat Ao Vivo remete ao vigor das performances do Barão Vermelho, banda dona de sucessos nacionais ao lado do cantor, letrista e compositor Cazuza.
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“É aquele show com repertório forte, poderoso, que é muito dançante, para o pessoal cantar. Com muitos sucessos. E tenho também o show Frejat Trio, que é mais para teatros, que eu faço com meu filho (Rafael Frejat) e Maurício Almeida, que é o guitarrista da minha banda atualmente. Mas neste dia 2 de junho em que, aliás, fiquei feliz em saber que os Paralamas também estarão na mesma noite, pois tenho uma excelente amizade com eles, nós vamos fazer o formato cheio, poderoso, muito forte”, destaca.
São quase vinte anos de convivência ente Frejat e a banda que o acompanhará no show do Claro que é Rock. O tempo, como elemento de depuração e criador de intimidades, agiu, segundo o guitarrista, como um ingrediente que potencializou o efeito das músicas sobre o público. “Temos uma relação muito sólida. E o show é algo incrível, não lembro de ter dado errado nenhuma vez, porque o repertório é forte, a gente gosta de tocar ao vivo, então tem esse barato do tesão que sentimos pelo palco. Tem gente que gosta de fazer disco, mas a estrada para mim é uma necessidade, no sentido de ser uma parte do dia-a-dia profissional. Para mim a estrada é fundamental. No período da pandemia, senti uma falta imensa”, recorda.
O palco, para Frejat, é o local onde o artista percebe a relação direta entre as suas canções e a plateia. Foi assim desde o início da carreira, com os primeiros shows com Cazuza e as primeiras apresentações em Belém, nos anos 80. “Acredito que apenas a primeira vez que fizemos show em Belém foi com o Cazuza. Eu lembro que quando fizemos a turnê do disco ‘Maior Abandonado’ (de 1984) a gente rodou o Brasil todo. Então, nesse momento, é que ele foi a Belém. Depois disso, se não me engano, ele voltou na carreira solo dele. A gente voltou várias vezes. Eu gosto muito de Belém, gosto muito da cidade, tenho alguns amigos queridos aí. Gosto do astral da cidade e da comida boa também. Sempre que vou, vou com muito prazer”, elogia.
Direitos
Além de artista reconhecido por crítica e público, Frejat é também um cidadão que se organiza politicamente em prol dos direitos das categorias de músicos e compositores. Atualmente, ele acompanha e participa ativamente dos debates públicos sobre o chamado Projeto de Lei das Fake News, o PL 2630/2020, proposto pelo senador Alessandro Vieira, do Cidadania, de Sergipe.
“Esse PL, na verdade, é sobre a Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet, que ficou conhecido como da Fake News em razão da parte sobre a responsabilidade da pessoa sobre a informação que se coloca. Por conta de as redes de jornalismo quererem incluir uma remuneração obrigatória, nós (músicos e compositores) fomos obrigados a entrar nessa discussão. Na verdade, nós não cabíamos muito nesse projeto. Mas se é colocado que o conteúdo jornalístico precisa ser remunerado, nós também precisamos dizer que o direito autoral também precisa ser remunerado, porque senão ia entrar apenas o conteúdo jornalístico, em uma lei posterior a Lei de Direito Autoral, que é de 1998. Para um juiz estaria decretado, portanto, que só para o conteúdo jornalístico que valeria a remuneração”, explica.
Frejat adianta que uma nova lei, proposta pela deputada federal Jandira Feghali, está em discussão e deve tratar especificamente do direito autoral de compositores e músicos na internet. “É o PL 2370/2029, que é anterior ao PL das Fake News, que está sendo transformado neste projeto do direito autoral no ambiente digital. Então tanto a discussão do conteúdo jornalístico quanto o do direito autoral estão saindo do PL das Fake News, o que eu particularmente acho muito positivo”, afirma Frejat.
Claro que é Rock
Realizado pela Sonique Produções, o evento traz aos fãs paraenses, além de Frejat e Paralamas do Sucesso, performances de artistas que têm movimentado a cena da música local como Inesita, Kikito convida Malu Guedelha e os DJs Albery e Marina Morais.
O Festival Claro Que É Rock tem o patrocínio da Claro, via Lei Semear e Governo do Pará e realização da Sonique Produções. Os ingressos para o Festival podem ser adquiridos no aplicativo e site Bilheteria Digital (www.bilheteriadigital.com), na Loja Claro Pátio Belém e Loja Sonho dos Pés Boulevard Shopping.
Serviço
Festival Claro Que É Rock apresenta Os Paralamas do Sucesso e Frejat em noite de show no dia 2 de junho no Hangar Centro de Convenções, em Belém.
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