No Dia Internacional de Luta Contra a LGBTfobia, confira 10 filmes que ajudam a compreender o tema

OLiberal.com organizou uma lista com produções brasileiras e internacionais

Redação integrada
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Neste 17 de maio, Dia Internacional de Luta Contra a LGBTfobia, OLiberal.com elaborou uma lista com indicações de filmes que tratam dos temas, como uma maneira de usar o poder da arte no combate ao preconceito. Ouvimos Heloá Canali, coordenadora do OLiberal.com, e o criador de conteúdo e crítico de cinema Rafael Oliveira. Confira:

Dicas de Rafael Oliveira

Tatuagem (2013), dirigido por Hilton Lacerda. Clécio Wanderley (Irandhir Santos) é o líder da trupe teatral Chão de Estrelas, que realiza shows repletos de deboche e com cenas de nudez. A principal estrela da equipe é Paulete (Rodrigo Garcia), com quem Clécio mantém um relacionamento. Um dia, Paulete recebe a visita de seu cunhado, o jovem Fininha (Jesuíta Barbosa), que é militar. Encantado com o universo criado pelo Chão de Estrelas, ele logo é seduzido por Clécio. Não demora muito para que eles engatem um tórrido relacionamento, que o coloca em uma situação dúbia: ao mesmo tempo em que convive cada vez mais com os integrantes da trupe, ele precisa lidar com a repressão existente no meio militar em plena ditadura. "É um conflito do qual a gente não conversa muito, sobre quando essa repressão bate de frente com outro mundo, onde a repressão é desconstruída", diz Rafael Oliveira.

Hedwig: Rock, Amor e Traição (2001), dirigido por John Cameron Mitchell. O próprio diretor do filme interpreta Hansel, personagem que mora na Berlim Ocidental e sonha em se tornar uma estrela do rock nos EUA. Ela conhece um belo americano que lhe promete amor, liberdade e a realização dos seus sonhos, mas para isso Hansel precisará fazer uma operação de redesignação de sexo. "É muito interessante, e algo que a gente não fala muito: uma travesti que quer ser uma estrela de rock nos EUA. Esse filme passeia por diversas camadas", explica Rafael.

Velvet Goldmine (1998), dirigido por Todd Haynes. Na década de 1970, Brian Slade se torna o grande ícone do movimento glam rock. Mas o roqueiro não consegue lidar com a fama e decide forjar sua própria morte. Anos depois, um jornalista inglês investiga a carreira e o desaparecimento do artista. "O título foi tirado de uma música do David Bowie. Ele trata essa estética dos anos 70, sobre o glam rock, e como todos os ícones desse gênero movimentavam a indústria do rock na época e exploravam a sexualidade, através de toda liberdade estética e visual. A sexualidade era muito pautada nas letras do glam rock, e o filme mostra isso", elabora.

image Velvet Goldmine (Reprodução)

Carol (2015), dirigido por Todd Haynes e baseado no livro "The Price of Salt", de Patricia Highsmith de 1952. Therese Belivet tem um emprego entediante em uma loja de departamentos. Um dia, ela conhece Carol, uma elegante e misteriosa cliente. Rapidamente, as duas mulheres desenvolvem um vínculo amoroso que terá consequências sérias. "Eu acho que Carol tem um toque muito particular, muito especial, na forma como aborda a aproximação de duas mulheres nos anos 50: Carol, uma mulher mais velha, com uma vida já sólida socialmente, e a Therese, que tá construindo ainda a vida, sem saber o que quer. Pouquíssimos filmes chegaram em um nível de compreensão de personagens de uma forma tão delicada quanto Carol", explica o crítico Rafael Oliveira. Esta dica de filme foi dada tanto por ele quanto por Heloá Canali.

- Tangerine (2015) dirigido por Sean Baker. Após descobrir que foi traída por seu namorado e cafetão enquanto estava na prisão, uma prostituta e sua melhor amiga saem em busca do traidor e sua nova amante para se vingar. "O filme é pautado na relação de amizade delas duas. È muito divertido, mas é claro, tem toda a representação dos pontos negativos na vida de uma pessoa transexual. Tem toques bem emocionantes", conta o crítico.

 

image Tangerine (Reprodução)

Dicas de Heloá Canali

Me Chame pelo Seu Nome  (2017) dirigido por Luca Guadagnino: O jovem Elio está enfrentando outro verão preguiçoso na casa de seus pais na bela e lânguida paisagem italiana. Mas tudo muda com a chegada de Oliver, um acadêmico que veio ajudar a pesquisa de seu pai.

image Me Chame Pelo Seu Nome (Reprodução)

A Garota Dinamarquesa (2015), dirigido por Tom Hooper: Na Copenhague de 1926, os artistas Einar e Gerda Wegener se casam. Gerda então decide vestir Einar de mulher para pintá-lo. Einar começa a mudar sua aparência, assumindo-se com uma mulher, e passa a se chamar de Lili Elbe. Com o apoio, ainda que conturbado, da esposa, um Einar deprimido passa por uma das primeiras cirurgias de mudança de sexo da história para tentar se transformar por completo em Lili e recuperar o gosto pela vida.

Hoje eu Quero Voltar Sozinho (2014), dirigido por Daniel Ribeiro: Leonardo, um adolescente cego, tenta lidar com a mãe superprotetora ao mesmo tempo em que busca sua independência. Quando Gabriel chega em seu colégio, novos sentimentos começam a surgir em Leonardo, fazendo com que ele descubra mais sobre si mesmo e sua sexualidade.

image Imagine Eu e Você (Reprodução)

- Imagine eu e Você (2006): dirigido por Ol Parker - No dia do seu casamento, Rachel conhece a florista Luce e sente uma forte atração por ela. Ao se reencontrarem, a amizade entre as duas cresce tanto quanto as dúvidas de Rachel em relação ao marido. Ao saber que Luce é lésbica, sua vida vira do avesso.

"Se descobrir homossexual quase sempre é um conflito, que por mais que não seja externalizado, traz muitas angústias para que está nessa posição. O cinema chega justamente para ajudar essas pessoas, que as vezes não tem com quem conversar. Ver sua realidade nas produções é um ânimo a mais para quem deseja viver sua vida em plenitude", relata Heloá. "O primeiro que assisti dessa lista foi 'Imagine eu e Você'. Por mais que a narrativa leve ao fim de um casamento e deixe o noivo (que é um fofo no filme) péssimo, ele mostra que essa troca (do homem pela mulher) não ocorre apenas porque a mulher estava com um parceiro ruim ou vivia um relacionamento abusivo (que é o que muitas pessoas pensam), mas sim porque a noiva se descobriu naquele momento e viu que poderia ser ainda mais feliz", explica.

Dica extra

- O Segredo de Brokeback Mountain (2005), dirigido por Ang Lee. Jack e Ennis se conheceram em Wyoming, no verão de 1963, quando foram trabalhar para um rancheiro que criava ovelhas. Naquele ambiente solitário nas montanhas, eles acabam tendo um rápido contato sexual. Quando o trabalho no rancho acaba, cada um segue seu caminho. Ambos casaram e vivem com suas respectivas esposas. Por muitos anos, não se veem até que um dia, eles começam a marcar encontros esporádicos e mantêm um caso amoroso durante uns vinte anos.

 

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