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Mostra Ecofalante de Cinema apresenta filmes sobre a vida no Xingu

A edição 13ª coloca no centro do debate problemas climáticos vividos no Brasil.

O Liberal

A partir desta quinta-feira (1º), ocorre em São Paulo, a 13ª Mostra Ecofalante de Cinema. Com uma programação que vai até dia 14, o mais importante evento sul-americano reúne filmes que falam sobre a emergência climática que atinge o planeta na atualidade.

São 22 filmes títulos, de 24 países, que discutem questões socioambientais urgentes da atualidade, totalmente gratuitas.

Um dos destaques da mostra é a cantora paraense Gaby Amarantos. Ela é apresentadora da série “SobreVivências: Clima de Risco”. A produção vai em busca de soluções para alguns dos temas vitais para o planeta no século XXI, como emergência climática, produção e desperdício de alimentos, desigualdade social, vida nas grandes metrópoles, perda da biodiversidade, consumismo e poluição, transformando essas urgências em debates.

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A série questiona como podemos reverter esse processo de aquecimento global: como descarbonizar nossas atividades ou criar tecnologias que reduzam a emissão de CO2? 

Com direção de Eduardo Rajabally, produção de Sylvio Rocha, roteiro de Gui Stockler, fotografia de Dado Carlin e edição de Veri Ravizza, “SobreVivências: Clima de Risco” ganha um bate-papo com o diretor e o produtor com a jornalista Paulina Chamorro, nana sessão do de domingo (04), às 14h30 na Reserva Cultural, Sala 2, localizada na Avenida Paulista, 900, bairro Bela Vista.


A região do Xingu, no Pará, também terá grande destaque na 13ª Mostra Ecofalante de Cinema. Com exibição de documentários e no centro dos debates, as vivências e lutas dos seus povos terá um aprofundamento no evento.

No dia 11 e 13, será exibido “A Floresta Que Você Não Vê – Narrativas do Médio Xingu”. O documentário enlaça as histórias de luta e resistência de pessoas que enfrentam desafios para gerar renda e manter a floresta amazônica em pé na região do Médio Xingu.  A área etnográfica do Estado do Pará, é formada por povos indígenas pertencentes a três troncos linguísticos distintos: Tupi (povos Asuriní do Xingu, Araweté, Parakanã, Juruna, Xipaya e Kuruaya), Macro-Jê (povos Xikrin e Kararaô) e Karib (povo Arara).

Essas pessoas que são parte da floresta e vivem nessa importante área da Amazônia brasileira, enfrentam enfrenta grande pressão de desmatamento em função do garimpo, da extração de madeira, da pecuária e da monocultura. Eles defendem modos de vida que, adaptados às novas realidades, abrigam saberes e conhecimentos preciosos para o cuidado com a floresta, aliado ao desenvolvimento da bioeconomia.

A direção é de Andy Costa.

No dia 11, “A Floresta Que Você Não Vê – Narrativas do Médio Xingu” será exibido às 15h, na Reserva Cultural, sala 2, e no dia 13, às 17h, na sala Lima Barreto, do Centro Cultural São Paulo (CCSP), na Rua Vergueiro, 1000 – Liberdade.


Com direção de Fábio Nascimento e produção do Conselho Ribeirinho, Ana De Francesco e Isabel Harari, o documentário “Volta Grande” que expõe a mudança que ocorreu na vida da população paraense.

O nome da produção faz referência a região da Volta Grande localizada abaixo da barragem de Belo Monte, com uma extensão de 100 quilômetros. A seca formada no local, causada pelo desvio das águas do rio para geração de energia na usina hidrelétrica de Belo Monte, impactou a biodiversidade e as populações indígenas e ribeirinhas que dependiam dele.

O documentário “Volta Grande” mostra a vida de 300 famílias ribeirinhas que foram violentamente removidas de suas casas para a construção da hidrelétrica. Após anos de luta, os ribeirinhos, que não haviam sido reconhecidos como impactados pelo empreendimento, conquistaram o direito de retornar às margens do rio Xingu, no Território Ribeirinho.
A produção será exibida dia 02, às 17h, na Reserva Cultural, Sala 3; e dia 14, às 15h, no CCSP, Sala Lima Barreto.


Ainda sobre o Xingu, duas sessões do “Kwat e Jaí - Os Bebês Heróis do Xingu” estão com classificação livre. A animação conta a jornada dos gêmeos Kwat e Jaí, os Sol e Lua, que estão em busca de sua mãe, que foi engolida por uma sucuri. O impulso heroico dos personagens e a presença constante da mãe com suas canções de ninar levam os dois bebês a uma série de aventuras até o aconchego da comunidade.

 O roteiro é uma livre leitura que passeia pela cosmogonia do povo kamayurá, a partir de histórias relatadas pela Pajé Mapulu. Ela tem um trabalho forte com a medicina tradicional e já recebeu o Prêmio de Direitos Humanos de 2018, do Ministério dos Direitos Humanos (MDH).
“Kwat e Jaí - Os Bebês Heróis do Xingu” será exibido dia 02, às 15, no CCSP, na sala Lima Barreto; e dia 08, às 16h45, na Reserva Cultural, sala 3.

Veja a programação completa em ecofalante.org.br.

 

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