MENU

BUSCA

Filme de Caru Alves, 'Meu Nome é Bagdá' é selecionado para festival na Espanha

Obra é o única produção brasileira no ''Films de Dones' e narra o cotidiano de meninas skatistas da periferia de São Paulo

Redação Integrada

Após ser premiado no Festival de Berlim de 2020, o longa-metragem brasileiro "Meu Nome é Bagdá", de participa do Films de Dones, o mais importante festival espanhol dedicado a produções dirigidas por mulheres. A 28 ª edição da programação, disponível na plataforma Filmin, ocorre até 14 de junho de forma online, por conta da pandemia do covid-19. 

Dirigido pela cineasta paulista Caru Alves de Souza (do longa "De Menor", vencedor do Festival do Rio) e produzido por Rafaella Costa para a Manjericão Filmes, o filmme é o único representante do Brasil na mostra principal do evento, que é composta por 16 títulos. Entre os países participantes, estão Alemanha, Argentina, Áustria, Bélgica, Espanha, Estados Unidos, França, Holanda e a Turquia.

A América Latina está presente ainda na homenagem à realizadora colombiana Marta Rodríguez, pioneira no documentário da região, que apresenta cinco obras realizadas entre 1966 e 1987.

Dirigido pela cineasta paulista Caru Alves de Souza (do longa "De Menor", vencedor do Festival do Rio) e produzido por Rafaella Costa para a Manjericão Filmes, "Meu Nome é Bagdá" teve sua estreia mundial na prestigiosa mostra Generation 14plus do Festival de Berlim, dedicada a retratar a realidade de jovens ao redor do mundo.

Segundo Caru, que também é corroteirista do longa, o roteiro nasceu do "desejo de contar uma história sobre situações cotidianas vividas por personagens oriundos de um bairro de classe média baixa da cidade de São Paulo, tentando encontrar a poesia existentes nas situações prosaicas." Segundo ela, a intenção foi fazer um filme "com personagens mulheres que fossem fortes e fugissem dos estereótipos, e também se fortalecessem através dos laços criados entre si." Com isso, "permitiriam ilhas de amor e afeto, num mundo que freqüentemente é hostil a elas", conclui a diretora.

O longa-metragem tem distribuição internacional pela Reel Suspects, empresa francesa que detém em seu catálogo produções assinadas por nomes como Jean-Luc Godard, Chris Marker e Alain Robbe-Grillet.

Bagdá, interpretada pela skatista Grace Orsato,é a personagem central do longa, uma garota de 17 anos que vive na Freguesia do Ó, bairro da periferia da cidade de São Paulo. Ela anda de skate com um grupo de meninos e passa boa parte do tempo com sua família e as amigas de sua mãe. Juntas, elas formam um grupo de mulheres pouco convencionais. Quando Bagdá finalmente encontra um grupo de meninas skatistas, sua vida muda. Em seu cotidiano ela encontra apoio familiar e empoderamento feminino, mas também assédio sexual, preconceito a seus amigos homossexuais e machismo. 

No elenco estão ainda Gilda Normacce, a cantora e atriz Karina Buhr e a drag queen Paulette Pìnk. Além do elenco principal, "Meu Nome é Bagdá" tem também assinaturas de profissionais femininas no roteiro, direção, produção, fotografia e direção de arte.

Cinema