Disney grava ‘O Diário de Pilar na Amazônia’ no Pará e destaca cultura e belezas da região
Com elenco formado por jovens talentos, incluindo atores paraenses, o filme baseado na obra de Flávia Lins e Silva chega aos cinemas em 2025
A Disney, em parceria com a Conspiração Filmes, está gravando no Pará o filme O Diário de Pilar na Amazônia, baseado na série de livros best-seller escrita por Flávia Lins e Silva. A coletânea sobre a menina aventureira é um sucesso mundial, lançada em oito países, com mais de 800 mil cópias vendidas no Brasil. O longa contará com Lina Flor como a protagonista Pilar, Miguel Soares como Breno, Sophia Ataíde como Maiara e Thulio Leal como Bira. Completam o elenco Marcelo Adnet, Emílio Dantas, Rafael Saraiva e Babu Santana como os vilões da história.
“Eu fiquei assim muito feliz quando eu descobri que eu ia ser Pilar porque era um sonho, era um sonho de verdade, era tudo que eu sempre queria desde pequena, eu gostava de ficar brincando de fazer cena em casa, quando eu ia ao teatro e ao cinema eu falei ‘cara, eu quero isso pra mim’ e a Pilar, eu amo a Pilar, eu já li todos os livros, ela é uma menina que eu acho que tem muito a ver comigo, então quando eu descobri eu fiquei assim muito feliz, muito, muito, muito”, disse Lina Flor, de 11 anos, ao O Liberal.
Na obra, Pilar é amiga de Breno, seu parceiro de aventuras, interpretado por Miguel Soares, de 13 anos. “Minha primeira vez visitando aqui, Belém do Pará, a região amazônica, e como é incrível, eu vim umas semanas aí, pra ter uma certa preparação, entender como é esse lugar maravilhoso, e eu fiz diversos passeios, trilhas, andei de canoa, e assim, incrível esse contato que a gente tem com a natureza, que muitas vezes a gente não tem em São Paulo, e eu não tenho esse contato, e eu tenho aqui, e eu acho isso maravilhoso, eu tô descobrindo várias belezas da floresta amazônica, várias belezas dessa região, e pra mim, isso é uma experiência única que eu acho que eu nunca mais vou esquecer”, afirmou Miguel.
A trama acompanha Pilar, uma jovem curiosa e exploradora, que viaja até a floresta amazônica através de sua rede mágica, presente de seu avô. Lá, ela conhece Maiara, uma ribeirinha que teve sua comunidade destruída. Com a ajuda de seres folclóricos, Pilar e seus amigos embarcam na missão de reencontrar a família da amiga e impedir o desmatamento da floresta.
O filme marca a estreia dos atores paraenses Sophia Ataíde, de 11 anos, de Belém, que interpreta Maiara, e Thulio Leal, de 12 anos, de Castanhal, que interpreta Bira. “A nossa região sendo representada com força, porque muitas pessoas acham que a gente não faz nada, que a gente vive no meio do mato. Só que não é assim. A gente sempre é remachada para essas coisas. Só que com esse filme, eu sinto que a gente vai ter uma relevância com isso. Está sendo uma experiência muito incrível”, declarou Thulio.
Sophia Ataíde, Lina Flor, Miguel Soares e Thulio Leal (imagem: Laís Teixeira)
“Eu fiquei muito feliz quando eu passei no teste, eu fiquei bem honrada. É incrível, estou gostando muito, meu primeiro trabalho de atuação é muito bom”, disse Sophia. Produzido por Juliana Capelini e Renata Brandão, o filme tem direção de Eduardo Vaisman e Rodrigo Van Der Put, e foi escrito por Flávia Lins e Silva e João Costa Van Hombeeck.
Segundo o diretor Rodrigo Van Der Put, gravar no Pará é uma experiência única. “Dá vontade de ficar filmando todo dia na hora do pôr do sol. Eu gostaria de ficar filmando só nesse período, porque a luz é uma coisa maravilhosa. Só que, obviamente, a gente tem muitos percalços com questões de barco, de equipamento no barco. Isso é um aprendizado muito grande. Mas, assim, o axé desse lugar contaminou a equipe toda. Acho que isso está indo aqui, que está muito unido, está todo mundo junto no mesmo hotel. E, no fim de semana, a gente vai para a Ilha do Cobô, a gente fez um passeio para Cotijuba. Então, o Belém está entranhado já na equipe, vai ser difícil ir embora”, disse Rodrigo.
“E está entranhado no filme. Acho que isso que a gente queria, que essa paisagem amazônica tivesse no filme. E que essa presença da natureza. A gente fala muito, desde que a gente veio aqui a primeira vez, do maravilhamento que acontece quando a gente vê um lugar como esse, quando a gente está em um lugar como esse, isso está imprimindo. Então, esses desafios que a gente tem da maré, a maré que sobe, a maré que desce, a lua cheia, que a maré é mais forte, as viradas de tempo, a presença da paisagem, felizmente essa força da natureza que implica numa estratégia ecologística muito complexa de produção, ela imprime também na aventura dessas crianças pela Amazônia”, afirmou Eduardo Vaisman.
Os diretores Eduardo Vaisman e Rodrigo Van Der Put (Imagem: Laís Teixeira)
A equipe de produção esteve no Pará em julho deste ano para fazer levantamento de locações. Em setembro, retornaram ao estado, e as filmagens começaram em novembro, passando por Belém, Ilha de Cotijuba, Santa Izabel do Pará e seguindo para Alter do Chão, no Marajó. No Pará, serão três semanas de filmagens. As gravações também ocorrem no Rio de Janeiro.
O filme está previsto para estrear nos cinemas em 2025. “Convidamos vocês aqui, pessoal de Belém, do Pará e do Brasil inteiro, para ver o Brasil na tela. O Brasil precisa ser mais visto na tela, dessa forma espiritual, a gente está querendo mostrar uma aventura para a família, para todos assistirem juntos e curtir a nossa natureza, as nossas histórias”, concluiu Rodrigo Van Der Put. “E vocês podem ter certeza que a gente está trabalhando para mostrar a Amazônia, a Belém, toda essa região do Pará, o Teia, da forma mais linda, deslumbrante, maravilhosa, porque é isso que essa região é e que ela precisa ser olhada pelo mundo todo”, finalizou Eduardo Vaisman.
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