Com Dira Paes e Humberto Carrão, filme ‘Pasárgada’ ganha primeiro trailer; confira
O longa foi premiado no 52º Festival de Cinema de Gramado como Melhor Desenho de Som

O filme “Pasárgada”, com Dira Paes e Humberto Carrão, teve o primeiro trailer divulgado nessa quarta-feira (10). O longa, dirigido e roteirizado pela atriz paraense, foi premiado no 52º Festival de Cinema de Gramado na categoria Melhor Desenho de Som. A produção chega aos cinemas no dia 26 de setembro de 2024.
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Assista ao trailer de “Pasárgada”
“Pasárgada” relata a história de Irene (Dira Paes), bióloga especialista em ornitologia, o estudo de aves. Aos 50 anos, ela é solitária e tem foco total no projeto de pesquisa que desenvolve no meio da Mata Atlântica, no interior do Rio de Janeiro. Enquanto redescobre sua ancestralidade, Irene conhece Manuel (Humberto Carrão), um jovem guia que conhece os pássaros como ninguém. A vivência traz à luz os dilemas que ela vive como mulher, mãe e profissional.
O longa é distribuído pela Bretz Filmes e conta com Cássia Kiss, Peter Ketnath e Ilson Gonçalves no elenco. A produção é formada por Dira Paes, Pablo Baião (também diretor de fotografia), Eliane Ferreira e Tarcila Jacob. Beto Ferraz foi o responsável pelo desenho de som, que rendeu o troféu em Gramado.
O nome do filme é inspirado no poema de Manuel Bandeira. Confira abaixo.
“Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconsequente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive
E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d’água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada
Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcaloide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar
E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
— Lá sou amigo do rei —
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.”
(*Lívia Ximenes, estagiária sob supervisão da coordenadora de Oliberal.com, Heloá Canali)
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