Brendan Fraser, vencedor do Oscar, passou por 6h de caracterização por dia para gravar 'A Baleia'
Confira o vídeo do processo de maquiagem e colocação de próteses no ator.
Brendan Fraser, que estava afastado do cinema após ter revelado que sofreu uma agressão sexual no meio cinematográfico, deu a volta por cima e saiu da cerimônia do Oscar 2023 reconhecido como o Melhor Ator da noite pelo personagem Charlie, do filme "A Baleia". Além do talento que emocionou milhares de expectadores pelo mundo com esse longa, Fraser era submetido diariamente por um demorado processo de caracterização do personagem, que chegava a seis horas por dia, entre maquiagem e próteses. A todo, o artista usou 130 quilos de próteses.
Ao receber a estatueta dourada, no palco do Oscar 2023, Brendan Fraser fez um discurso emocionado, que provocou lágrimas em alguns presentes. Ele disse: "Quero dizer a vocês que só as baleas podem nadar nas profundezas do talento de honcho (chefão, em inglês, possivelmente referindo-se ao diretor do filme, Henry Aronofsky). Comecei nesse negócio há mais de 30 anos. São coisas que não vieram facilmente para mim, mas havia uma facilidade que eu não sabia, que não apreciei na época até que parou. Eu só quero agradecer pelo reconhecimento porque não poderia ser feito sem o meu elenco. É como seu estivesse em uma expedição no fundo do oceano, no ar, na linha para a superfície, em uma lancha sendo vigiada por algumas pessoas".
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A Baleia
No filme, o personagem de Fraser é um professor obeso mórbido e gay, que percebe que irá morrer a qualquer momento devido à sua condição de saúde. Ele tenta retomar o contato com a distante filha adolescente, que foi deixada pelo pai aos oito anos para viver um romance com um homem que acabou morrendo anos depois.
Trajetória
Brendan Fraser atuou em filmes de sucesso, como "George, O Rei da Floresta" e da franquia “A Múmia”, nos anos 90. Durante gravalções em Hollywood, ele sofreu um acidente e precisou ser submetido a várias cirurgias e ficou com sequelas, o que o afastou dos filmes por dez anos.
Em 2016, ele voltou à telona na produção “The Affair: Infidelidade”, mas voltou a ficar no ostracismo após a bombástica entrevista à GQ em que afirmou ter sido “agredido sexualmente” em 2003 por Philip Berk, ex-presidente da Associação de Imprensa Estrangeira, órgão responsável pelo Globo de Ouro. “Nós nos abraçamos e ele pôs a mão no meu traseiro. Ele apertou e ficou apalpando minha nádega, e então colocou o seu dedo embaixo, no meu períneo. Eu me senti como se fosse uma criança. Como se tivesse uma bola na garganta. Pensei que fosse chorar”, disse ele na época.
A volta por cima veio com "A Baleia", que o levou a ser premiado como Melhor Ator no Festival de Cinema de Veneza e no Critics’ Choice Awards, além de ter sido indicado ao Bafta e ao próprio Globo de Ouro, sendo que ele não compareceu à cerimônia dessa última premiação.
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