Aniversário do Tarantino: cineasta é referência na vida de fãs paraenses

Na última quarta-feira (27), o diretor famoso pelos clássicos “Kill Bill” e “Pulp Fiction: Tempo de Violência” completou 61 anos; trabalho de Quentin Tarantino inspira estabelecimentos em Belém e é celebrado por cinéfilos da capital

Juliana Maia
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Com clássicos como "Kill Bill" e "Pulp Fiction: Tempo de Violência" ao longo da carreira no cinema, o diretor, ator, roteirista e diretor de cinema americano Quentin Tarantino completou 61 anos na última quarta-feira (27). Vencedor de dois Oscars e outras premiações, Tarantino marca a vida de cinéfilos paraenses e teve uma de suas obras homenageadas em um estabelecimento comercial localizado no bairro da Pedreira, em Belém.

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Com obras diferenciadas e uma estética reconhecível, Tarantino possui obras bastante conhecidas, como Pulp Fiction, Kill Bill – Volume 1 e 2, Cães de Aluguel e Bastardos Inglórios. O primeiro desta lista serviu de referência para o empresário Igor Mendes, que criou o "Pub Fiction" por ser fã da sétima arte. A ideia inicial era escolher entre o longa que traz a personagem Mia Wallace e o outro que apresenta Beatrix Kiddo, ambos protagonizados por Uma Thurman.

image Igor se inspirou no clássico "Pulp Fiction: Tempo de Violência" para seu empreendimento (Claudio Pinheiro/O Liberal)

"Ainda não sabíamos qual 'cara' dar para o local. Eu sempre fui apaixonado por cinema e gostava muito da ideia de ter um bar com essa temática. Ficamos entre Pulp Fiction e Kill Beer e acabamos optando pelo primeiro. O primeiro filme do Tarantino que assisti foi Kill Bill e eu amei. Até hoje acho que é o meu preferido. A forma com que ele consegue fazer algo que parece trivial encaixar perfeitamente no enredo dos filmes é genial", diz Igor.

Igor, que além do Tarantino, também aprecia o trabalho de renomados diretores como Martin Scorsese, David Fincher e Denis Villeneuve, conta que está preparando uma data especial para o mês de maio, aniversário de 30 anos do longa Pulp Fiction. Neste mês, no dia 21, em 1994, o clássico do diretor norte-americano foi exibido pela primeira vez no Festival de Cannes, onde recebeu o prêmio principal, a Palma de Ouro.

"A estética dos filmes dele, as referências, trilha sonora e a forma com que consegue abordar temas pesados com uma dose de humor quase inexplicável me chama muita atenção. Para maio, já estamos nos preparando para a data com uma programação especial. Garanto que os fãs do filme e de cinema, de uma forma geral, não vão se decepcionar", garante.

O servidor público e cinéfilo Malone Cunha também é um admirador do trabalho de Tarantino há bastante tempo. Ele está à frente de um clube de cinema de Belém e conheceu a obra do norte-americano no seu terceiro filme, Jackie Brown (1997). Por ter gostado muito, ele buscou todo o material anterior do cineasta então se tornou um fã dos longas produzidos, estrelados e dirigidos por Quentin.

image Malone é cinéfilo assumido e acompanha há bastante tempo a obra do cineasta (Claudio Pinheiro/O Liberal)

Assim como Igor, Malone também acredita que o autor de "Era Uma Vez Em... Hollywood" possui uma marca própria. Isso, inclusive, é o que mais chama atenção do servidor público. "Ele é um diretor de assinatura, deixa o seu toque nela. Quando você vê um quadro, por exemplo, do Picasso, você não precisa verificar a assinatura, você sabe. Começou como um diretor 'alternativo', depois, extrapolou fronteiras, e hoje é um diretor que agrada a todos", explica o cinéfilo.

Tema de debate

Em 2020, o Cineclube paraense, o qual Malone faz parte, promoveu um debate no cinema Libero Luchardo, em que foram tratados os favoritos do Oscar naquela ocasião. Os cinéfilos do grupo analisaram todos os filmes e o Quentin Tarantino estava indicado para melhor filme e também em outras categorias, como por sua obra "Era Uma Vez Em... Hollywood".

(*Juliana Maia, estagiária sob supervisão do Coordenador do Núcleo de Cultura de Oliberal.com, Abílio Dantas)

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