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‘Abá e sua Banda’: filme aborda família e amizade com música, brasilidade e consciência ambiental

A animação é dirigida por Humberto Avelar e conta com dublagem de Filipe Bragança, Robson Nunes e Carol Valença. A produção chega aos cinemas nesta quinta-feira, 17 de abril

Lívia Ximenes | Especial para O Liberal
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O filme “Abá e sua Banda”, dirigido por Humberto Avelar, chega aos cinemas nesta quinta-feira, 17 de abril. A animação brasileira é estrelada por Filipe Bragança, Robson Nunes, Carol Valença, Zezé Motta, Mauro Ramos e Monica Martins. Protagonizada por frutas, a animação destaca a importância dos laços familiares e de amizade. Em entrevista exclusiva ao Grupo Liberal, Humberto, Filipe e Robson falam sobre a produção.

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O personagem principal da obra é o abacaxi Abá, filho do Rei Caxi e príncipe do Reino Pomar. O adolescente de 13 anos, interpretado por Filipe Bragança, é músico e sonha em tocar no Festival da Primavera. Para realizar seu desejo, ele conta com a ajuda do caju Juca, personagem de Robson Nunes, e da banana Ana, vivida por Carol Valença.

Confira a entrevista exclusiva ao Grupo Liberal

Filipe conta que teve como referências personagens da sua infância: Kuzco (de “A Nova Onda do Imperador”, dublado por Selton Mello) e Flik (de “Vida de Inseto”, dublado por Marco Ribeiro), nos quais destaca a personalidade e as virtudes. “Eu tentei me inspirar nesses dois, mas também acho que parte da graça de um filme como esse, de uma experiência criativa como essa, é justamente poder criar. A gente pode mergulhar nesse mundo e brincar com essa fantasia, inventar voz pra esses personagens e tentar entender como nós habitamos esse mundo de fantasia”, afirma. O ator, que interpreta um abacaxi, ressalta a alegria de ser parte do projeto.

Juca, o grande amigo e companheiro das aventuras de Abá, toca gaita. Apesar de dividir com o príncipe a vontade de se apresentar no festival, o pequeno caju tem medo de estar no palco e encarar o público. Robson conta que, em uma pré-estreia da animação, uma criança o procurou e disse que era como o Juca e tinha medo. “Eu achei lindo isso de ela se identificar. Com certeza o Juca bateu muito mais forte pra ela do que pra outra criança que, de repente, se identificou mais com o Abá. Ela se vê no personagem e isso é muito importante”, fala. O ator comenta sobre a apresentação do medo na trama e, especialmente, como ele é solucionado com o poder da amizade.

image Abá (Filipe Bragança), Juca (Robson Nunes) e Ana (Carol Valença) (Divulgação)

A computação gráfica, presente inclusive em filmes de live action, pode gerar dúvidas do que é real ou não. Entretanto, para Humberto não havia questionamentos, “Abá e sua Banda” não seria igual ao cenário em que vivemos. “O mundo lúdico, da animação e de brincadeira infantil, não precisa desse realismo. Ele até fica mais interessante se a gente for mais fantasioso”, diz. Para isso, ele optou por mesclar técnicas em 2D e 3D — também visando garantir uma identidade única própria ao filme, que teve Alan Camilo como diretor de animação.

Humberto, além de diretor, dá voz ao Don Coco. O personagem é tio do príncipe-músico e grande vilão da história, que pretende acabar com a diversidade do Reino Pomar. O enredo apresenta ao público a importância da preservação e proteção ambiental, principalmente com a coragem de Ana, a baterista na banda de Abá.

Exibido em mais de 15 festivais nacionais e internacionais, “Abá e sua Banda” já foi premiado três vezes: Melhor Filme Oficial do Júri no Epic ACG Fest, nos Estados Unidos; Melhor Filme de Animação no Kids Festival em Málaga, na Espanha; e Melhor Filme no Festival Internacional de Cinema Ambiental (Ecocine), no Brasil. Com características que faz jus ao país de origem, a animação abraça, com muita brasilidade, uma linguagem universal. “A gente conseguiu fazer um filme em que a gente pode encontrar um caju, um abacaxi, uma banana, que são as frutas que estão no nosso dia a dia; o tema da história, em que a gente fala: ‘Poxa, tem Brasil aqui!’. Mas uma pessoa de qualquer lugar do mundo pode assistir e vai entender igualzinho. Esse, pra gente, foi um desafio, mas tem sido uma vitória”, conclui Humberto Avelar.

Equipe de destaque

O diretor Humberto Avelar é destaque na cultura brasileira, em especial com a série animada do “Sítio do Pica-Pau Amarelo”, e já produziu mais de 150 obras, como filmes de longa-metragem, séries para a televisão, propagandas e curta-metragens. Filipe Bragança, ator desde os 5 anos, esteve recentemente nas telas dos cinemas com o filme “Meu Sangue Ferve Por Você” (2024), no qual interpretou Sidney Magal, além de dublar Camilo Madrigal na obra “Encanto” (2017). Robson Nunes é famoso pela atuação na cinebiografia de Tim Maia, lançada em 2014, e atualmente é parte do grupo de jurados no quadro Caldeirola, no programa Caldeirão com Mion.

Zezé Motta, artista com mais de 60 anos de carreira, dá vida a Titikaba, personagem importante para o desenvolvimento de Abá, Juca e Ana. A atriz tem mais de 50 projetos produzidos para a televisão e cerca de 70 filmes, dentre eles obras brasileiras, angolanas e venezuelanas.

Alan Camilo, diretor de animação do filme, trabalhou em “A Era do Gelo: Especial de Natal” (2011), “Os Smurfs 2” (2013), “Hotel Transilvânia 2” (2015) e “Thor: Ragnarok” (2017). A trilha sonora de “Abá e sua Banda” é criação de André Mehmari, que também fez as canções originais junto a Silvia Fraiha e Milton Guedes. O filme é distribuído pela Manequim Filmes, com produção da Fraiha Produções e coprodução da Globo Filmes, Gloob e Prefeitura do Rio, por meio da RioFilme.

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