Cia da Ideia traz a Belém “O corpo que eu habito” no Teatro do SESI
Além do espetáculo reunindo dança contemporânea, teatro, música e performance, a Companhia realizará, a partir desta terça (27) uma oficina temática na capital paraense
Cada ser humano tem um corpo que traz a identidade do ser e também dialoga com outros seres na vida social, sendo também influenciado por essa convivência ininterrupta. Essa interatividade corpo-ser-corpo é o foco do espetáculo “O corpo que eu habito” que a Cia da Ideia, do Rio de Janeiro, vai mostrar ao público em Belém, nesta sexta-feira (30) e no sábado (31), às 20h, no Teatro do SESI. O projeto conta com patrocínio do Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura / Lei Rouanet (MinC) e apoio do SESI Pará para sua realização.
“O corpo que eu habito’” está em turnê nacional e, além de Belém, conta com mais cinco cidades do Brasil neste circuito (Corumbá, Ipatinga, São Luís, Vitória e Rio de Janeiro). Na capital paraense, além das apresentações do espetáculo, a Cia da Ideia promoverá, de 27 a 29, no Teatro Casa Saulo Sisnando, a oficina / laboratório de criação gratuita “O Corpo que Habitamos”.
Potencialidades
Ao mesclar dança, teatro, música e performance, “O corpo que eu habito” quer promover uma reflexão sobre o corpo de cada indivíduo no aqui e agora. Dessa forma, cada artista/intérprete revela no palco suas experiências, histórias e particularidades, explorando a possibilidades e potencialidades de seus corpos. “Em cena, sete bailarinos compõem seus solos que acabam por se tangenciar formando duos, trios e momentos de encenação coletiva que darão a dinâmica da convivência entre diferentes conhecimentos e signos, provocando um ‘debate coreográfico’ sobre tempo, espaço, sentimento, vivências, herança, memória, história, sentimento de pertencimento’, como repassa a Cia da Ideia.
Pesquisa e reflexão
Por meio de um trabalho de pesquisa e reflexão, os diretores Sueli Guerra e Alessandro Brandão e outros integrantes da Cia da Ideia assimilaram aspectos de cada um de seus corpos para a construção do espetáculo. Assim, o público vai conferir alguns dos sentidos da experiência corporal não mais apenas individual mas recebendo a interferência constante da sociedade em que se vive e das relações construídas no espaço e no tempo. “O ‘corpo que eu habito’ irá trabalhar a ideia de um corpo manipulável e não previsível; suscetível e vulnerável. O corpo como uma condição aberta e dinâmica em função das suas experiências e mediação social”, como é pontuado pela Companhia.
Mudanças
“O espetáculo foi composto durante a pandemia, cada artista em sua casa. Um exercício de reflexão sobre como estava o nosso corpo naquele período. São sete solos diferentes que a gente filmou cada em isolamento. Agora estamos itinerando esse espetáculo pelo país. A gente retomou o processo de criação e o espetáculo passou por muitas mudanças, já que entendemos que o nosso corpo não era mais o mesmo da época em que o espetáculo foi concebido”, destaca o diretor Alessandro Brandão.
“E trazer para rodar o país um espetáculo que foi produzido durante a pandemia faz sentido, porque não é uma obra sobre a pandemia em si, mas sobre o nosso corpo e toda a sua bagagem, desde o nascimento. Então temos uma bailarina mãe solo, que vai usar como imagem de uma mulher carregando um búfalo para falar do próprio corpo: o corpo de uma mulher que precisa ser muito forte para sustentar o peso. Outros bailarinos versam sobre o processo de envelhecimento, como existir, sendo artista da dança, a partir de um corpo que já não é mais o de outrora. Então, cada artista reflete sobre a sua vivência a compartilha no espetáculo”, completa Alessandro.
O espetáculo “O corpo que eu habito” foi idealizado por Sueli Guerra, que junto com Alessandro Brandão responde pela pesquisa, concepção e direção artística. Além deles dois, atuam como intérpretes criadores Daniel Chagas, Edney D´Conti, Andreia Pimentel, Renata Reinheimer e Saulo Eduardo. A direção de produção é de Cacau Gondomar. Realização de CLG - Canteiro de Ideias e Cia da Ideia.
Oficina
Na oficina “O corpo que habitamos’, os participantes terão acesso a ferramentas de conhecimento de uso do próprio corpo e criação a partir do autoconhecimento. Serão direcionadas para pessoas que tenham ou não experiências corporais prévias, enfocando conceitos amplos de dança como espacialidade, gravidade e suspensão, ritmo, coordenação, intenções de movimento, memória e improvisação. Os participantes da oficina que se interessarem poderão entrar em cena para participar da última cena do espetáculo.
Serviço:
Espetáculo “O corpo que eu habito”
Local: Teatro do SESI - Av. Almirante Barroso, 2.540 - Bairro: Marco - Belém (PA)
Datas e horários: 30 e 31 de agosto de 2024 –Sexta e Sábado às 20h (Sessões com libras e audiodescrição)
Classificação indicativa: Livre
Ingressos: R$ 40,00 (inteira), R$ 30,00 (promocional MINC), R$ 20,00 (meia entrada) e R$ 15,00 (meia entrada promocional MINC)
Oficina “O corpo que habitamos”
Professores: Alessandro Brandão e Renata Reinheimer
Local: Teatro Casa Saulo Sisnando - Tv. Quintino Bocaiúva, 2003 - Nazaré - Belém (PA)
Datas e horários: 27 a 29 de agosto de 2024 – Terça a Quinta, horário 19h às 22h (com intérprete de Libras)
Classificação indicativa: a partir de 15 anos
Vagas: 25 vagas
Gratuito
Inscrições no link: https://forms.gle/KdTxA4Q52bafyPnF9
Contatos:
Produção Local: Leonel Ferreira - 91 8608-6006
Direção de Produção: Cacau Gondomar - Telefone: (21) 99195-7563 - e-mail: cacau78@centroin.com.br
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