Círio Musical 2023: chuva não desanima fãs no show do Rosa de Saron na Praça Santuário
A banda de rock católica foi a atração do dia na Concha Acústica da Praça Santuário
A noite desta terça-feira (17) começou com o céu nublado e, pouco antes do início do show do Rosa de Saron, no Círio Musical 2023, as primeiras gotas de chuva começaram a cair sobre a Praça Santuário, no bairro de Nazaré, em Belém. Munidos de sombrinhas, os fãs não hesitaram em permanecer no gramado da Concha Acústica, local da apresentação, demonstrando a grande expectativa pelo espetáculo.
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Ariana Araújo é uma fã fervorosa do Rosa de Saron e revelou que a relação com a banda é profunda e duradoura. "Eu tenho uma história muito longa com o Rosa de Saron. Conheço eles faz bastante tempo", compartilhou Ariana. As músicas da banda sempre tiveram um significado especial na vida da jovem, sendo o alicerce que a sustentou nos momentos difíceis. "Eles me salvaram de vários momentos difíceis, sempre me aproximaram muito de Deus. São músicas que realmente tocam a gente”, acrescentou a arquiteta.
A expectativa para o Círio Musical é anual e, para Ariana, é um evento que ela espera o ano inteiro. No entanto, a incerteza sobre a participação do Rosa de Saron é sempre motivo de ansiedade. "O Círio a gente sempre espera, mas sempre fica aquela ansiedade se o Rosa de Saron vem se apresentar."
O amor de Ariana pelo Rosa de Saron a impulsionou a comparecer ao evento, mesmo com a chuva. "Hoje com ou sem chuva, com ou sem sombrinha, a gente veio conferir o show e vou ficar aqui até onde eu conseguir". Para ela, a música "Rara Calma" é uma das mais aguardadas em todos os shows da banda.
Entrevista
Antes do show começar, Rogério Feltrin, baixista, e Bruno Faglioni, viola acústica e vocalista, conversam com o Grupo Liberal sobre as perspectivas do grupo e a experiência no Círio Musical ao longo dos anos. Com uma trajetória de 35 anos, o Rosa de Saron amadureceu de forma orgânica e constante. Feltrin refletiu sobre o processo evolutivo do grupo ao longo das décadas. "A banda e as músicas amadureceram de uma forma natural nestes 35 anos de carreira que temos, mas algumas coisas se mantiveram", afirmou Rogério.
Ele ressaltou que o desejo de levar uma mensagem de esperança às pessoas, de aproximar o público da fé, de Deus e da igreja, permaneceu inalterado. Para o baixista, esse amadurecimento foi um processo que ocorreu de maneira natural e contínua.
Além disso, Feltrin compartilhou uma perspectiva pessoal sobre a relação com o Círio de Nazaré. Ele é um frequente participante do evento há mais de uma década e revelou a paixão pela devoção à Nossa Senhora de Nazaré.
“Acho que fomos desenvolvendo um pouco dessa intimidade que o paraense tem com Nossa Senhora de Nazaré, um pouco desse carinho todo, lógico que não se compara a quem cultiva desde criança. Temos várias histórias com Belém, com Nossa Senhora, dessa confiança que temos nela", declarou o baixista.
Por sua vez, Bruno Faglioni, compartilhou suas experiências ao vivenciar o Círio de Nazaré pela primeira vez. "Quando se fala que o Círio se vive e não se explica, é verdade", disse Faglioni.
Ele admitiu que, embora já conhecesse a história das procissões, viver o evento pessoalmente foi uma experiência única. O vocalista descreveu o espanto ao testemunhar o momento da devoção, especialmente o emocionante instante em que os fiéis seguram a corda na Trasladação. Faglioni expressou o desejo de segurar a corda, mas, ao ver o movimento da multidão e a intensidade da devoção, ele se viu surpreendido. "Eu fiquei: 'meu Deus, o que está acontecendo?'", revelou. Observando o fervor das pessoas, ele compreendeu a profundidade da devoção e como muitos devotos, mesmo com histórias de vida difíceis, pagam promessas de joelhos durante a procissão.