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Ceumar faz shows em Belém para celebrar 35 anos de vivências sonoras

Apresentações serão neste sábado (1) e domingo (2) no Teatro Margarida Schivasappa, no Centur, com entrada gratuita

Eduardo Rocha

A simplicidade consegue expressar o que o ser humano tem de verdadeiro na sua essência, por meio da poesia e melodias que cantam o mundo e a vida, como tem feito a cantora e compositora mineira Ceumar, que neste final de semana celebra em Belém 35 anos de carreira musical. A artista fará duas apresentações muito especiais na capital paraense: o primeiro show será neste sábado, dia 1º de fevereiro, às 19h, e o segundo no domingo, dia 2, às 18h, ambas as apresentações, com entrada franca, ocorrendo no Teatro Margarida Schivasappa, no Centur, no centro da capital paraense.

   
O show será uma imersão na trajetória da artista, desde o começo na noite e nos bares de Belo Horizonte (MG), em 1989, até os dias atuais, período em que Ceumar construiu uma carreira independente de destaque, com oito álbuns e sucessos. Nascida na região da Serra da Mantiqueira, no sul de Minas Gerais, Ceumar começou a cantar e tocar muito jovem. Aos 16 anos, ganhou a categoria Melhor Intérprete do Festival de Itanhandu. Ao se mudar para São Paulo (SP), trabalhou com grandes músicos da música popular brasileira, como Zeca Baleiro, que produziu o disco de estreia da cantora: “Dindinha”.

A artista fez uma turnê pela Europa, quando viveu por cinco anos em Amsterdam (Holanda). Soltou a voz em países como Itália, França, Portugal e Bélgica, levando a brasilidade para diferentes localidades. A discografia de Ceumar, iniciada em 1999, continuou com outros trabalhos como “Achou!” (2006), “Meu Nome” (2009), “Ceumar & Trio Live in Amsterdam” (2010), “Silencia” (2014), “Viola Perfumosa – Homenagem à Inezita Barroso” (2018) e “Espiral” (2019).

O show em Belém terá Ceumar na voz e violão, contando com a participação especial do multi-instrumentista baiano Webster Santos, que a acompanha na carreira. Um convidado para lá de especial no show é o cantor e compositor paraense Nilson Chaves. Outro nome no show é o do percussionista Kleber Benigno Paturi, do Trio Manari. O projeto desse espetáculo foi fomentado pela Bolsa Funarte de Música Pixinguinha 2023.

"Esta celebração dos 35 anos de música é muito emocionante, gratificante", destaca Ceumar, relembrando que a carreira começa quando ela tinha 20 anos de idade e morava em Belo Horizonte, para onde foi a fim de estudar violão e, paralelo a isso, começou a cantar na noite, nos bares, fazendo pequenos shows. Esses dez primeiros anos de profissão até a gravação do primeiro álbum, o "Dindinha", em 1999, são fundamentais para a formação de Ceumar como instrumentista e intérprete, como ela mesma diz. Foi aí que ela entendeu o estilo que adotou para esses anos todos de trabalho. A artista celebra as parcerias, as trocas, os shows ao longo desse período. "Estou muito feliz", acrescenta.

Viver nas canções

A cantora diz que o gosto musical dela tem muito a ver com a vivência no interior de Minas Gerais, onde cresceu e teve as primeiras aulas de música. Os pais e irmãs sempre ouviram muita música boa. "Eu tenho um apreço especial pelas canções brasileiras que contam histórias, falam um pouco da nossa vivência. Eu tenho um apreço pela letra das músicas, isso é importante dentro do meu trabalho. A gente precisa falar de coisas que às vezes no dia a dia a gente não acessa. Então, costumo buscar esses assuntos, talvez, um pouco de filosofia, um pouco de espiritualidade, para que a gente acesse esses assuntos que são menos ditos e falados, né? A minha vivência no interior tem muita influência no meu olhar para o mundo", diz a compositora.

O estilo musical dessa artista mistura a vivência em Minas, em São Paulo e na Holanda, sempre trocando experiências com outros artistas. "Mas a minha paixão é mesmo o Brasil, os ritmos brasileiros, como o samba, os cocos, os carimbós e tudo o que eu posso acessar, conhecer. São muitas influências", ressalta. "E, claro, gosto muito de poesia, e estou sempre ligada nas novas produções, novos autores. Costumo muito brincar de fazer música com poemas, revela. "Eu tento preservar a simplicidade dentro das canções, canções fáceis de cantar. Eu gosto muito que as pessoas cantem junto", acrescenta.

Ceumar diz que quando se olha a imensidão da Amazônia se pensa que isso nunca pode ter fim, mas não somente no território amazônico mas em outras regiões, como em Minas, são observados rios comprometidos, indicando que os recursos naturais são finitos se não forem cuidados. E a música leva a mensagem do artista em prol da preservação dos ecossistemas naturais, como diz a artista. 

A cantora já se apresentou em Belém no lançamento do álbum "Maniva", de Nilson Chaves, em 2006, e, depois, no show comemorativo de 70 anos de Nilson no Theatro da Paz, em 2022, quando ela se apresentou também no Sesc. Agora, Ceumar espera um reencontro luminoso com esse amigo e o público em Belém, como ela mesma expressa.


Serviço:

Show 'Ceumar 35 Anos de Música'

Em 1º e 2 de fevereiro
Dia 1º - 19h
Dia 2  - 18h
No Teatro Margarida Schivasappa,
no Centur
Entrada franca
Retirada de ingressos: uma hora 
antes do espetáculo

Cultura