Waldo Piano: paraense vive Joel em “Vai na fé”, novela da Globo
Artista tem várias participações em grandes produções globais. Agora, ele se prepara para voltar ao teatro e estreia de série no Globoplay
O ator paraense ator Waldo Piano (@waldopiano), interpreta o motorista de app, Joel, em “Vai na fé”, novela da Globo, um cara boa praça e pai solo. O artira saiu de Igarapé-Açu, no Pará, para escrever o seu nome como artista brasileiro.
“Quando fomos para Marituba, meu pai virou motorista de ônibus urbano e depois da estrada. Eu digo que para fazer o Joel, peguei todo o trejeito do meu pai. Sou muito parecido com ele fisicamente. Ele bem formal, com aquele jeito de botar a mão na cintura, de posicionar o braço, coçar a cabeça, ele é um bom vizinho, preocupado, um cara que está aqui ajudando, e o Joel é isso. Me inspirei muito nele”, contou.
As suas raízes, com a fé e religião, fizeram a diferença para conseguir esse papel: “Cresci frequentando a igreja evangélica dos subúrbios com minha mãe, onde aprendi sobre o amor a Deus, o amor fraternal, família, louvor e adoração”.
O sonho de ser ator está vivo nele desde criança, e foi o que levou Waldo para as artes. Além de atuar, ele também canta. O paraense foi o primeiro Tenor no Coro Lírico do Festival de Ópera do Theatro da Paz, e ficou por 12 anos.
Em Belém, ele fez produção de voz e realizou trabalhos com publicidade, televisão e cinema, até que conheceu o cineasta Fernando Meirelles, que estava na capital paraense, em 2015, fazendo a direção cênica da ópera “Os Pescadores de Pérola”.
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“Ele chegou com essa proposta para fazer algumas cenas fora, fazendo essa junção do palco com o cinema. Ninguém queria fazer, porque o pessoal é mais do palco, do cantar. Na hora pulei, e disse: ‘Com certeza quero trabalhar, quero aprender com você’. Fui fazer essa participação e isso me destacou, ele me chamou e me disse que tinha que ir para o cinema”, relembra.
Há cinco anos longe do Pará, Waldo Piano, hoje com 47 anos, começou a construir seu trabalho na televisão, com “Sob Pressão”. Depois veio a pandemia e a paralisação. Com o retorno das atividades, o ator ganhou novos papéis e agora além de “Vai na fé”, ele viverá Cícero, na série da Globoplay, “Vicky e a Musa”, anteriormente chamada de “Musa Música”. No teatro, ele vai retornar com a peça “Avental todo sujo de ovo”. Tudo neste semestre.
Ele também já fez participações nas novelas e séries da Globo, como “Malhação”, “Amor de Mãe”, “Bom Sucesso”, “Um Lugar ao Sol” e “Nos Tempos do Imperador”. Na Record, fez as novelas “Jesus” e “Gênesis’. E ainda fez a segunda temporada da série “Impuros”.
“Depois da pandemia, veio ‘Nos Tempos do Imperador’, fui chamado para fazer uma participação grande como anarquista. Eu disse: ‘nossa, lembraram de mim’. Quando voltou, abriram muitas portas. Fiz série, novela. Graças a Deus o meu perfil coube em personagens que viriam e eu comecei a trabalhar novamente”, relembra.
“Depois dessa novela, houve uma pesquisa sobre o meu material e se eu tinha feito humor, e me perguntaram sobre ser evangélico. Contei que tinha essa vivência, minha família é uma família de evangélicos, meus avós pastores”, acrescenta.
O ator destaca que o núcleo evangélico da novela, não é abordado de forma bíblica, mas como pessoas normais, “que vai, que briga na vizinhança, que que comete um erro e a noite está congregando, o que é o normal da vida”.
No ar com Joel, Waldo trilha a sua caminhada no seu propósito nas artes. Ele também é desenhista e artista plástico, dá aulas de canto, coach vocal, além de ministrar uma oficina de cenografia.
“Fiz teste e cantei canções antigas da igreja, eu sabia todas. O canto também me ajudou muito, coube perfeitamente para o Joel. O personagem veio no momento certo. As coisas se construíram na minha vida, se desenhando, de forma perfeita. Quando a gente se coloca ali no propósito, faz tudo direitinho, é persistente, estuda e corre atrás dos sonhos, tudo acontece”, disse Waldo.
No próximo dia 05 de abril, estreia a segunda temporada de “Todas as flores”, no Globoplay, e poderemos assistir o paraense em mais uma trama.
“Foi bem engraçada a história do início dessa dobradinha de gravações. Logo que avisaram que eu consegui o papel em ‘Vai na fé’ foi no final das gravações de ‘Todas as flores’. Teria somente mais um dia de gravação da produção, porém houve uma troca de datas e tive que tirar a caracterização do Adailton, meu personagem na história do Globoplay, antes de fazer minha cena final. As produções conseguiram fazer um esquema legal e gravei ambas (rs)”, explica.
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