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'Sociedade me espezinhou', diz Luana Piovani ao recordar agressão de Dado Dolabella

Piovani relembrou a crítica a reação negativa da sociedade após denunciar o caso, destacando o impacto emocional e o machismo estrutural enfrentado na época

O Liberal

Luana Piovani revisitou o episódio de violência doméstica que sofreu em 2008, quando foi agredida por Dado Dolabella, em entrevista ao programa Sem Censura, da TV Brasil, na noite desta segunda-feira (25/11). Na conversa com Cissa Guimarães, a atriz destacou o impacto que o episódio teve em sua vida, não apenas pela agressão em si, mas pelo tratamento que recebeu da sociedade após denunciar o ocorrido.

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"Quando fui agredida, a maior dor não foi a agressão em si, mas o que a sociedade fez comigo depois", relembrou Luana. 

A atriz também mencionou que, na época, não havia um movimento tão forte contra a violência doméstica e enfrentou um grande desgaste emocional. "As pessoas adoram dar personagens para a gente, e quando não aceitamos esses personagens, elas ficam com raiva", afirmou.

Luana relatou que foi desacreditada e até atacada pela opinião pública ao denunciar o ator, que na ocasião era seu companheiro. Embora não tenha citado o nome de Dado Dolabella, ela explicou que a reação popular foi muito negativa.

"Me espezinharam, a sociedade me espezinhou. Não tive apoio de ninguém, exceto meus pais, meus amigos e meu terapeuta", disse.

A atriz também criticou a postura machista de muitas mulheres, apontando que, enquanto o machismo persiste entre as próprias mulheres, a luta contra a violência se torna ainda mais difícil. "O que atrapalha muito a nossa luta são as mulheres machistas", afirmou.

Relembre

O caso de violência ocorreu em uma boate da zona sul do Rio de Janeiro, quando Luana e Dado discutiram, e ele a agrediu com um tapa no rosto. A agressão foi registrada por câmeras, e um inquérito de corpo delito confirmou os ferimentos em Luana, incluindo machucados nas mãos e cóccix. Esmê, a camareira de Luana, também foi agredida ao tentar apartar a briga.

 Dado foi condenado a 2 anos e 9 meses de prisão, mas a condenação foi anulada em 2010. Em 2014, o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) reafirmou a condenação de Dado pela agressão, e ele também foi condenado a pagar uma indenização à camareira. Contudo, a pena prescreveu sem que fosse cumprida.

 

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