Plácido Domingo cancela shows em Madri e se defende de acusações de assédio sexual
Ele pediu desculpas publicamente após sindicato de artistas apurar e confirmar as denúncias
O astro de ópera espanhol Plácido Domingo desistiu das apresentações planejadas de "La Traviata", no Teatro Real de Madri, após sofrer acusações de assédio sexual contra mulheres, defendendo-se em um comunicado divulgado nesta quinta-feira, 27, no qual recuou em parte de um pedido de desculpas anterior.
Na última terça-feira, 25, Domingo se desculpou às mulheres que o acusaram de má conduta sexual após uma investigação do sindicato trabalhista Associação Americana de Artistas Musicais (Agma) concluir que ele se comportou de maneira inadequada com colegas do sexo feminino.
Mas o cantor de 79 anos disse que, desde então, o pedido de desculpas criou uma "falsa impressão", já que casas de espetáculo europeias cogitaram cancelar compromissos agendados com ele.
"Meu pedido de desculpas foi sincero e sentido a qualquer colega que eu constrangi, ou feri de qualquer maneira, por qualquer coisa que tenha dito ou feito", disse o novo comunicado. "Mas sei o que não fiz e o negarei novamente. Jamais me comportei agressivamente com ninguém, e nunca fiz nada para obstruir ou prejudicar a carreira de ninguém de maneira nenhuma."
Ele disse que desistiu das apresentações programadas no Teatro Real em maio para poupar seus amigos e colegas de "dano ou qualquer inconveniente adicional".
O anúncio veio horas antes de uma reunião planejada pelo comitê executivo da casa de ópera para debater seu futuro com Domingo.
"O Teatro Real reafirma sua política de tolerância zero com o assédio e o abuso de qualquer natureza e sua solidariedade contínua com as vítimas", disse a entidade em um comunicado que confirmou a decisão de Domingo.
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